Não foque apenas nas atuações de gala das estrelas Luís Suárez, Gabriel Barbosa, Cristaldo, Arrascaeta e companhia. Apesar da importância dos medalhões nos elencos de Grêmio e Flamengo, a caminhada de gaúchos e cariocas até às semifinais da Copa do Brasil passa por goleiros revelados na base e resilientes suficientes para assumirem a meta dos dois clubes em momentos importantes da temporada. Nesta quarta-feira (26/7), às 21h30, na Arena, em Porto Alegre, o tricolor Gabriel Grando e o rubro-negro Matheus Cunha fazem os mais importantes das curtas carreiras com moral.
Nos times esboçados pelos torcedores no início do ano, nenhum deles aparecia sequer como candidato a titular. Ainda mais em uma hipotética semifinal de Copa do Brasil. No Grêmio, Brenno tinha a ampla preferência do técnico Renato Gaúcho após a campanha do acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. No Flamengo, Santos reinava absoluto no gol, principalmente com as atuações nos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores. Em seis meses, entretanto, tudo mudou para as pratas da casa de tricolores e rubro-negros.
Grando, de 23 anos, era o terceiro nome da posição e, além de Brenno, tinha a concorrência caseira de Adriel. O trio tem passagens pela base gremista. O primeiro largou como titular e perdeu a vaga para o segundo. Em um ato de indisciplina do companheiro, a posição de titular na meta caiu no colo de Gabriel. Mesmo com certa desconfiança dos tricolores, o camisa 12 assumiu a posição e teve o ápice na classificação contra o Bahia, quando pegou dois pênaltis e confirmou a vaga.
"A gente sabe que na nossa posição só um é titular. Sempre trabalhei como se fosse jogar, sempre levei os treinos a sério. Sabia que a chance ia chegar e, quando chegou, eu pude agarrar a oportunidade. Renato passa confiança para todo mundo. Como ele falou, ninguém se prepara em dois, três dias, tem de estar preparado sempre que a camisa chega", filosofou o gremista.
Agarrou a chance
Matheus também recebeu oportunidade em uma espécie de fogueira após alguns anos esperando uma oportunidade para agarrar. No primeiro jogo dele na temporada, em maio, Santos não vivia grande fase e Hugo, com mais rodagem no profissional, convivia com a desconfiança da torcida. Com o técnico Jorge Sampaoli, Cunha ganhou a primeira sequência na meta do Flamengo e se destacou pela segurança, apesar dos 22 anos. Além das boas defesas, a facilidade de jogar com os pés é trunfo para não dar espaço nem mesmo para o recém-contratado Agustín Rossi, ex-Boca Juniors.
"Eu, principalmente, entro no campo querendo sair sem tomar gol. Com a baliza zerada, a gente está mais próximo da vitória e trabalhamos muito para isso. Sabendo da dificuldade do jogo, de tudo, tem que entender bem as circunstâncias. Graças a Deus, estamos indo bem", destacou, antes de afagar Sampaoli. "Aprendo muito com ele todo dia. Para mim, é um dos melhores técnicos do mundo", destacou o goleiro.
Para encontrar o caminho até a decisão e um possível novo título da Copa do Brasil, o pentacampeão Grêmio e o tetra Flamengo apostam na eficácia dos sistemas defensivos e, consequentemente, dos goleiros. Pelo menos debaixo das traves, tricolores e rubro-negros chegam ao primeiro jogo da semifinal com os jovens atravessando bons momentos e apostando alto na partida para ampliarem, ainda mais, as sequências pessoais positivas.
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