COPA DO MUNDO

Atuações: veja como se saíram as jogadoras do Brasil contra o Panamá

Autora de três gols, Ary Borges foi o destaque da estreia da Seleção Brasileira no Mundial. Jogo coletivo também foi um dos trunfos para furar a retranca panamenha

Victor Parrini
postado em 24/07/2023 10:11 / atualizado em 24/07/2023 10:14
Jogo coletivo da Seleção Brasileira foi premiado com a goleada sobre o Panamá -  (crédito: Thais Magalhães/CBF)
Jogo coletivo da Seleção Brasileira foi premiado com a goleada sobre o Panamá - (crédito: Thais Magalhães/CBF)

Uma estreia não apenas para vencer, mas, também, para convencer. Esse é foi o enredo do duelo entre Brasil e Panamá, nesta segunda-feira (24/7), pela primeira rodada do Grupo F da Copa do Mundo. Ao vencer as caribenhas por 4 x 0, a Seleção Brasileira espantou o nervosismo do primeiro jogo, assumiu a liderança da chave e elevou a moral para os próximos passos rumo ao inédito título mundial. Foi uma atuação convincente, com domínio total durante os 90 minutos mais acréscimos.

A retranca panamenha com uma linha de cinco na defesa e de quatro no meio de campo não conteve o ímpeto verde-amarelo. Se o meio estava congestionado, o jogo pelas pontas era a principal via de oportunidades. Foi assim que saíram os três gols de Ary Borges e o de Bia Zaneratto. Com a vitória, o Brasil se manteve invicto em estreias de Copa do Mundo.

Veja as notas para as atuações dos jogadores:

Letícia — Nota: 7,0
Praticamente não trabalhou na estreia na Copa do Mundo. A postura ofensiva das companheiras impossibilitou os avanços das panamenhas e contribuiu para que a goleira assistisse de camarote à vitória do Brasil. Foi fazer a primeira defesa aos 12 minutos do segundo tempo. Na segunda metade da etapa final, atuou como líbero para tirar a bola após bobeira da retaguarda.

Antonia — Nota: 7,0
No papel, a função dela era dar solidez à defesa. Na prática, Antônia serviu como uma espécie de ponta no modo agressivo da Seleção. Foi fundamental principalmente nas construções no primeiro tempo, com cruzamentos.

Rafaelle — Nota: 7,0
A capitã também teve uma atuação segura na estreia. Não comprometeu e exerceu bem a função na linha de quatro defensiva da técnica Pia Sundhage.

Lauren — Nota: 7,0
Assim como Rafaelle, também não deu sorte ao azar. Em alguns momentos da linha alta no meio de campo, possibilitou o esboço do contra-ataque panamenho, mas nada que colocasse a atuação segura e a vitória em xeque.

Tamires — Nota: 7,5
Referência técnica, tática e de liderança, a camisa 6 foi personagem muito mais ativa no ataque do que na defesa. Participou ativamente dos gols de Ary Borges e Bia Zaneratto e foi um dos pilares que ajudaram a “prender” o Panamá na defesa.

Luana — Nota: 7,3
Foi figura fundamental para fazer o intermédio entre o setor direito e o esquerdo do ataque. Com a linha de quatro adversária à frente da zaga, colaborou com passes necessários para dar dinâmica ao jogo brasileiro.

Kerolin — Nota: 7,5
Jogou leve e ganhou confiança para o duelo importante contra a França. Obteve 90% de precisão nos passes e acertou três de quatro dribles. Mostrou-se, novamente, como um dos pilares da equipe.

Adriana — Nota: 8,0
Foi uma das personagens ofensivas mais acionadas na partida. Finalizou três vezes — uma delas no gol — e acertou os três dribles que tentou contra a marcação panamenha. Participou ativamente do terceiro gol, de Bia Zaneratto.

Ary Borges — Nota: 10
Tirou o coelho da cartola com os três gols marcados na primeira partida de Copa do Mundo na carreira. Além das bolas nas redes, colaborou para a criação de espaços que confundiram a marcação adversária.

Debinha — Nota: 8,0
Não marcou gol, mas a postura de atacante solidária desequilibrou o duelo. Mostrou virtudes para fugir do papel engessado de referência na área e se movimentar para abrir brechas para companheiras. Deixou o gramado com uma assistência

Bia Zaneratto — Nota: 8,5
Mostrou entrosamento com Debinha e justificou a escolha de Pia Sundhage. Cumpriu com maestria a função de atacante móvel e ajudou para as infiltrações das companheiras na área adversária. Foi agraciada com um gol no início do segundo tempo.

Pia Sundhage (técnica) — Nota: 8,5
Acertou ao apostar na dupla Debinha e Bia Zaneratto e ensaiar Ary Borges como “elemento surpresa” na área. Entendeu bem que a retranca panamenha pediria mais atenção às investidas pelos extremos do campo. Mexeu bem no segundo tempo e manteve a identidade ofensiva da equipe.

Reservas

Bruninha — Nota: 6,7
Cumpriu a função de Antônia na segunda etapa. Ganhou a única dividida na partida e mostrou qualidade na transição do ataque para a defesa.

Duda Sampaio — Nota: 6,8
Assumiu a responsabilidade de Luana à frente da zaga e lidou bem para manter a retaguarda intacta nos minutos finais da partida.

Marta — Nota: 6,5
Entrou aos 29 minutos do segundo tempo. Mostrou que está bem fisicamente e entrou para adquirir ritmo para o duelo contra a França. Deu poucos passes, mas acertou todos eles.

Geyse — Nota: 7,0
Entrou no lugar de Debinha e mostrou-se como boa alternativa para a segunda etapa. Buscou as jogadas individuais e as finalizações de fora da área.

Gabi Nunes — Nota: 6,5
Assumiu o papel de referência com a saída de Bia Zaneratto. Incomodou a defesa com a imposição física, mas não conseguiu converter o talento em gol.

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