A Seleção Brasileira estreia na Copa do Mundo Feminina contra o Panamá em 24 de julho, às 8h, pelo Grupo F, no Hindmarsh Stadium, em Adelaide, na Austrália. Durante o torneio, o Brasil contará com um elenco recheado de craques.
Por isso, o No Ataque separou cinco atletas destaques de diferentes gerações para apresentar ao torcedor brasileiro.
Marta Vieira Silva
A lista não poderia ser aberta de outra forma: com a maior jogadora da história do futebol feminino, eleita pela Fifa a melhor do mundo em seis oportunidades.
Com a camisa verde e amarela desde 2002, Marta já disputou incríveis cinco Copas do Mundo e cinco Olimpíadas, além de ter faturado três Copas América e dois Pan-Americanos.
Por clubes, acumula troféus: Copa do Brasil, Libertadores, Champions League, Copa da Suécia, dois Campeonatos Norte-Americanos e sete Campeonatos Suecos.
Mesmo tendo construído a maior parte da carreira no exterior, o nome de Marta anda lado a lado com o passado, o presente e o futuro da modalidade no Brasil: abriu caminhos, é símbolo de luta pela igualdade de gênero e representatividade para as próximas gerações.
Aos 37 anos, a atacante jogará o sexto e, talvez, último Mundial. A jogadora já deixou avisado que o próximo plano é fora dos campos: ser mãe.
Mensurar a carreira de Marta não é tarefa simples. O que resta é apreciar os últimos momentos da rainha com a bola nos pés e torcer para que ela seja coroada na Oceania.
Tamires Cássia Dias Gomes
A lateral esquerda é a cara do futebol brasileiro. Tamires é natural de Caeté, em Minas Gerais, mas começou e consolidou a carreira no futebol paulista.
Aos 35 anos, é tida como referência do Corinthians e foi apelidada carinhosamente de “mãe da fiel”. No Timão, sabe o que é vencer a Libertadores, o Campeonato Brasileiro, a Supercopa, o Campeonato Paulista e a Copa Paulista.
Na Seleção Brasileira, comanda a lateral direita desde 2014 e já levou para casa três Copas América e um Pan-Americano. Também esteve em duas Olimpíadas.
Com a vasta experiência, Tamires terá, entre outras responsabilidades, a função de orientar as demais companheiras.
A lateral direita jogará a Copa do Mundo pela terceira vez e vestirá a camisa 6.
Débora Cristiane de Oliveira
Debinha é um dos nomes relevantes do Brasil no cenário internacional. Na última edição do prêmio The Best da Fifa, foi eleita a sexta melhor jogadora do mundo – a primeira brasileira a figurar na lista desde Marta, em 2018.
Também de Minas Gerais, a atacante estabeleceu a carreira no futebol norte-americano. Jogou pelo North Carolina Courage entre 2017 e 2022 e venceu duas edições da NWSL, o campeonato nacional, e uma edição da Liga Nacional.
Em janeiro deste ano, foi contratada pelo Kansas City, também dos EUA, e pretende manter o nível de competitividade.
Na Seleção, é figurinha carimbada desde 2011. É a segunda jogadora mais vezes convocadas pela técnica Pia Sundhage, atrás apenas de Tamires.
Atualmente, é a artilheira do Brasil na “era Pia” (29 gols em 49 jogos) e terceira maior goleadora da história do time nacional, com 58 gols.
Entre jogos oficiais e amistosos com a amarelinha, a atacante já venceu duas Copas América e participou de duas Olimpíadas.
Aos 31 anos, Debinha jogará a Copa do Mundo pela segunda vez e vestirá a camisa 9.
Geyse da Silva Ferreira
Geyse é destaque do grandioso Barcelona. Na temporada 2022/23, venceu a Champions League e foi uma das principais artilheiras do campeonato – em 10 jogos, marcou cinco gols e deu quatro assistências.
Natural de Maragogi, em Alagoas, a atacante se estabeleceu na Espanha. Primeiro, atuou pelo Madrid CFF. No Barça, além da Champions, conquistou a Liga Espanhola e a Supercopa.
Pela Seleção, atuou na Copa de 2019, na Olimpíada de 2020 e venceu a Copa América de 2022.
A qualidade e as vitórias de Geyse deram a ela a oportunidade de participar da lista de Pia, caracterizada pela renovação.
Aos 25 anos, a atacante jogará a segunda Copa do Mundo e vestirá a camisa 18.
Kerolin Nicoli Israel Ferraz
O Mundial significará para Kerolin a volta por cima. A meia-atacante foi pega em um exame antidoping, que indicou a presença de duas substâncias: Gw1516, que aumenta os músculos de resistência e ajuda a queimar gordura, e probenecida, um diurético. Como punição, ficou longe dos gramados por dois anos.
No retorno, mesmo sem equipe, ela foi convocada por Pia para participar do Torneio Internacional de Manaus. Kerolin se destacou na Seleção e logo voltou a atuar em clubes.
No Madrid CFF, da Espanha, foi eleita a melhor jogadora da La Liga. No atual clube, o North Carolina Courage, dos EUA, venceu a NWSL.
A meia-atacante só não esteve no Mundial de 2019 por causa do resultado do exame antidoping. Três anos depois, ajudou o Brasil a conquistar a Copa América.
Aos 23 anos, Kerolin não é mais promessa, e sim realidade. Será a primeira Copa da carreira da jogadora, que vestirá a camisa 21.
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