O Campeonato Brasileiro só tem menos técnicos estrangeiros do que os campeonatos Inglês, Boliviano e Peruano na comparação entre as principais ligas nacionais da Europa e da América do Sul. É o que mostra o levantamento do Correio Braziliense no mapeamento das nacionalidades dos profissionais empregados em competições de primeira divisão dos dois continentes.
A volta do técnico argentino Eduardo Coudet ao Internacional estabeleceu uma nova ordem na história do Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez, a Série A tem mais treinadores estrangeiros do que locais nas principais cadeiras das comissões técnicas. Entre os 20 profissionais do campeonato, 11 são naturais de outras nacionalidades e nove brasileiros.
O número máximo computado anteriormente era dividido, 10 de cada lado. Até o mês de junho de 2023, no entanto, o dado havia voltado a uma certa proximidade, com nove estrangeiros contra 11 brasileiros.
Com a saída de Maurício Barbieri do Vasco, e de Mano Menezes do Internacional, ambos deram lugar aos argentinos Ramón Díaz e Eduardo Coudet, respectivamente. Consequentemente, a estatística mudou.
Entre os 11 estrangeiros, os portugueses são maioria: sete no total. Bruno Lage (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino), Pepa (Cruzeiro), Antônio Oliveira (Cuiabá), Renato Paiva (Bahia) e Armando Evangelista (Goiás) são os representantes da Terra de Camões.
O Brasileirão deste ano também contou com Luis Castro (ex-Botafogo) eIvo Vieira (ex-Cuiabá). Os quatro restantes são argentinos: Jorge Sampaoli (Flamengo), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Ramón Díaz (Vasco) e Eduardo Coudet (Internacional).
Nos últimos 20 anos, 65 treinadores importados trabalharam no Brasil. No mesmo recorte, as equipes com mais estrangeiros contratados foram Atlético-MG, Flamengo, Internacional e São Paulo, com cinco cada.
Brasileirão x Ligas Europeias
A maioria estrangeira no Brasileirão não é algo visto com certa frequência em outras ligas mundo afora, ao menos em grandes campeonatos europeus e da América do Sul.
Levantamento do Correio Braziliense aponta que, em comparação às cinco principais ligas do Velho Continente e às nações federadas de maneira permanente na Copa Libertadores da América, o Brasil é a quarta nação com maior quantidade de treinadores estrangeiros em relação aos da casa nas respectivas primeiras divisões.
O Brasileirão fica atrás apenas da Peru Liga 1 com 12 gringos em total de 16 profissionais, do Torneo Apertura da Bolívia (13) entre 17, e da Premier League da Inglaterra (13 de 20). A LigaPro Betcris do Equador também tem 11 nascidos no exterior entre os 16 técnicos ativos.
Alemanha, França, Itália, Espanha, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai mantêm mais treinadores nacionais do que estrangeiros em relação à primeira divisão do Brasileirão.
Confira a distribuição de técnicos estrangeiros nas ligas citadas
Brasil
Estrangeiros: 11
Portugal:
Bruno Lage, Botafogo
Abel Ferreira, Palmeiras
Pedro Caixinha, RB Braga
Pepa, Cruzeiro
Antonio Oliveira, Cuiabá
Renato Paiva, Bahia
Armando Evangelista, Goiás
Argentina:
Jorge Sampaoli, Flamengo
Juan Pablo Vojvoda, Fortaleza
Eduardo Coudet, Internacional
Ramón Díaz, Vasco da Gama
Brasileiros : 9
Renato Gaúcho, Grêmio
Dorival Júnior, São Paulo
Fernando Diniz, Fluminense
Wesley Carvalho, Athletico-PR (interino)
Luiz Felipe Scolari, Atlético-MG
Paulo Turra, Santos
V. Luxemburgo, Corinthians
T. Kosloski, Coritiba (interino)
Vagner Mancini, América-MG
EUROPA
Premier League - 13 estrangeiros
Bundesliga - 6 estrangeiros
Ligue 1 - 8 estrangeiros
Serie A italiana - 4 estrangeiros
La Liga - 4 estrangeiros
AMÉRICA DO SUL
Campeonato Argentino - 0 estrangeiros
Campeonato Chileno - 10 estrangeiros
Campeonato Colombiano - 5 estrangeiros
Campeonato Equatoriano - 11 estrangeiros
Campeonato Paraguaio - 4 estrangeiros
Campeonato Peruano - 12 estrangeiros
Campeonato Uruguaio Clausura e Apertura - 1 estrangeiro
Campeonato Venezuelano - 2 estrangeiros
Campeonato Boliviano - 13 estrangeiros
Saiba Mais
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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