Tênis

"Guerra e maternidade me fizeram mais forte", diz Svitolina após vencer

Svitolina voltou às competições apenas em abril deste ano e chegou a disputar torneios menores, mas logo começou a se destacar em disputas de nível mais alto

Agência Estado
postado em 12/07/2023 10:33
 Ukraine's Elina Svitolina celebrates winning the first set against Poland's Iga Swiatek during their women's singles quarter-finals tennis match on the ninth day of the 2023 Wimbledon Championships at The All England Tennis Club in Wimbledon, southwest London, on July 11, 2023.  -  (crédito: Daniel LEAL / AFP)
Ukraine's Elina Svitolina celebrates winning the first set against Poland's Iga Swiatek during their women's singles quarter-finals tennis match on the ninth day of the 2023 Wimbledon Championships at The All England Tennis Club in Wimbledon, southwest London, on July 11, 2023. - (crédito: Daniel LEAL / AFP)

A ucraniana Elina Svitolina, dona da 76ª colocação do ranking da WTA, chegou às semifinais de Wimbledon ao bater a número 1 do mundo Iga Swiatek por 2 sets a 1,com parciais de 7/5, 6/7 (5) e 6/2, nesta terça-feira. Até viver esse grande momento, passou por profundas transformações que mudaram a sua forma de encarar o esporte. Viu seu país ser invadido pela Rússia em fevereiro de 2022 e parou de competir em março. Dois meses depois, anunciou que estava grávida do também tenista Gael Monfils, seu marido.

"A guerra me fez mais forte. Mentalmente, eu não levo situações difíceis como se fossem um desastre, sabe? Há coisas piores na vida. Estou mais calma", disse a tenista de 28 anos. Hoje motivada pela filha Skai, ela não se vê pressionada dentro das quadras e espera voltar a escalar o ranking, no qual já ocupou a terceira colocação. "Claro, eu quero vencer, eu tenho uma grande motivação de voltar ao topo. Mas eu penso que ter uma criança e a guerra são coisas que me tornaram uma pessoa diferente. Vejo as coisas de um modo diferente", afirmou.

Svitolina voltou às competições apenas em abril deste ano e chegou a disputar torneios menores, mas logo começou a se destacar em disputas de nível mais alto. Após conquistar o WTA 250 de Estrasburgo, alcançou as quartas de final de Roland Garros e foi eliminada pela belarussa Aryna Sabalenka, possível nova número 1 do mundo se chegar à final de Wimbledon, graças à eliminação de Swiatek.

Quando enfrentou Sabalenka, a Svitolina não apertou as mãos da adversária em razão do conflito promovido pela Rússia e apoiado por Belarus na Ucrânia. O mesmo se repetiu na segunda-feira: a ucraniana não cumprimentou a também belarussa Vicotria Azarenka, a quem superou nas oitavas de Wimbledon. Após ouvir vaias, pediu compreensão à WTA, que sinalizou positvamente ao apelo e anunciou que os tradicionais apertos de mão, abraços e beijos não são mais obrigados entre oponentes destes países. Azarenka disse respeitar a escolha da oponente.

A adversária da ucraniana nas semifinais será a checa Marketa Vondrousova (42ª), que também surpreendeu nas quartas de final ao eliminar a americana Jessica Pegula, quarta colocada do ranking. "Eu não sei o que aconteceu", disse Vondrousova após as parciais de 6/4, 2/6 e 6/4 que a tornaram uma das quatro melhores tenistas da atual edição do tradicional Grand Slam britânico.

Caso chegue à final, Sivtolina pode reencontrar Sabalenka, que joga as quartas de final contra a americana Madison Keys nesta quarta-feira. A vencedora desse duelo fará a outra semifinal com a atual campeã Elena Rybakina ou com a tunisiana Ons Jabeur, que também se enfrentam na quarta.

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