Fernando Diniz é o novo técnico da Seleção Brasileira. O treinador do Fluminense, interino no período de um ano no selecionado nacional, foi apresentado em coletiva de imprensa (pronunciamento) em evento na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (5/7).
Com 20 minutos de atraso, as entrevistas tiveram uma breve fala do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, sobre o processo junto ao presidente do Fluminense, Mário Bittencourt."Fiz questão de conversar com ele antes de qualquer pessoa e expliquei o nosso projeto e as circunstâncias. A escolha é baseada na carreira de um dos treinadores que mais admiro: pelo estilo de jogo, pela maneira de enxergar o futebol e pelo que ouvi de jogadores, treinadores e muitos da imprensa. também pelo caráter e ética como profissional. Não é uma decisão fácil e tranquila como muitos comentam, como se fosse da noite do dia. Procuramos a melhor solução", conta.
Em seguida, Diniz começou com uma série de respostas sobre a projeção da passagem pela Canarinha. "É uma mistura de alegria e honra de ter sido escolhido, convocado para essa missão. É um sonho que se realiza e eu pretendo, como fiz em todos os lugares, dedicar a minha vida ao futebol. A princípio meu contrato é de um ano, ainda não se decidiu se engloba a Copa América. Meu compromisso com a CBF é procurar fazer o melhor que eu puder para preparar os jogadores para ter um bom rendimento nos jogos pela frente", destacou.
Durante todo o período, Fernando evitou falar de uma sucessão de Carlo Ancelotti, após uma saída do italiano desde o Real Madrid, preferindo por tocar apenas no próprio trabalho. "Eu vou procurar reproduzir aqui aquilo que me trouxe aqui. O que eu vou ter aqui são jogadores renomados, a melhor matéria-prima do mundo. Meu foco será nos 12 meses, não conheço o Ancelotti e acima disso eu tenho uma condição de autonomia e liberdade total para fazer as coisas no campo, entre elas a convocação. Sei que não vai ter interferência, o presidente foi claro. Eu não sou uma pessoa de fazer projeções. A princípio, a minha ideia é convocar os jogadores que estiverem melhores para ganhar o próximo jogo", disse.
O treinador foi claro quanto às preferências nas montagens de listas de convocados, com a primeira delas servindo para a estreia nas Eliminatórias do Mundial de 2026. "No fundo, a gente tem um leque de opções muito grande, vira e mexe surgem novos jogadores. A gente vai saber escolher nos determinados momentos importantes das eliminatórias e nos amistosos. Não tem nada pré-determinado. Obviamente tem alguns jogadores com 25, 26, 27 anos constantemente convocados, com Copa do Mundo. Tem algumas figuras que aparecem sempre, mas estaremos abertos para a melhor convocação possível", observou.
De acordo com o novo comandante, as ideias de jogo não serão repassadas de forma integral na Seleção. "A gente não vai fazer mudanças táticas extremamente radicais em um, dois dias de treino, mas alguma coisa a gente sempre consegue melhorar. Meu trabalho não se resume, às vezes, no olhar comum, na saída com o goleiro e no toque de bola. O futebol é muito mais do que isso. Vou partir do pressuposto que o tempo que eu tiver, vou saber aproveitá-lo bem e aos poucos os jogadores vão amadurecendo as ideias táticas que tenho na minha cabeça", projeta.
"O principal é a gente criar boas conexões, conforme o tempo vai passando, as questões táticas vão seguir em curso natural. Entendo que a dinâmica é diferente do clube, mas acredito que a gente vai conseguir uma conexão rápida para ter bons resultados", relata o objetivo para chegar à exibição desejada.
O técnico disse, para além do acordo entre os executivos, sobre a dedicação e manutenção nos dois ares, tanto nas Laranjeiras quanto na Granja Comary. "O futebol não está acima da ética e da vida. Vou ser a mesma pessoa. Eu jamais sairia do Fluminense para abraçar a CBF, embora seja um sonho. Da maneira como ficou, me sinto muito à vontade para desempenhar meu trabalho. Não será fácil, mas a decisão foi um grande acerto", determina.
O líder tricolor conta como viveu o trâmite entre a entidade nacional e o clube carioca para o acerto do nome interino. "Foram dias de alegria e ansiedade, concomitantemente. O encontro entre o Ednaldo e o Mário (Bittencourt) foi muito respeitoso. A gente usou esse tempo para conversar, conversei com o Ednaldo na segunda-feira (3/7) à noite para eu me apresentar e mostrar claramente quem eu sou e se eu era de fato o nome que ele gostaria que comandasse a Seleção Brasileira. Se a gente não tem essa relação, essa química, para mim, não funciona. A partir de então as coisas avançaram rapidamente"
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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