Paulo Martins*
A passagem de Luís Castro no Botafogo chegou ao fim. Uma proposta de mais de R$ 80 milhões do Al-Nassr, da Arábia Saudita, fez o técnico deixar o alvinegro rumo ao Oriente Médio. A quantia é quatro vezes e meia maior em relação aos pouco mais de R$ 18 milhões pagos anualmente pelo mecenas da SAF alvinegra, John Textor, ao profissional. A despedida do profissional foi ontem à noite, contra o Magallanes, pela Copa Sul-Americana. A informação foi antecipada pelo site Goal.com.
A força do Glorioso no primeiro terço do Campeonato Brasileiro seduziu os asiáticos. Em 12 rodadas, o time de Luís Castro fez 30 pontos dos 36 possíveis. Ostenta sete de diferença em relação ao atual vice-líder, o Grêmio. Na última partida, com superioridade tática de Castro sobre o compatriota Abel Ferreira, o alvinegro bateu o Palmeiras, no Allianz Parque, por 1 x 0.
Em 80 jogos com a prancheta botafoguense, Castro teve 41 vitórias, 14 empates e 25 derrotas, com aproveitamento de 57% e o título da Taça Rio. Desde a chegada ao time, depois da saída de Enderson Moreira, precisou de uma grande janela de reforços no meio do ano para se recuperar no Campeonato Brasileiro, sendo um dos melhores times do returno, quase alcançando vaga na Libertadores.
A saída do treinador do time carioca esvazia o grande mercado de Portugal na elite nacional. Agora, restam seis treinadores na Série A: Abel Ferreira (Palmeiras), António Oliveira (Cuiabá), Armando Evangelista (Goiás), Pedro Caixinha (Bragantino), Pepa (Cruzeiro) e Renato Paiva (Bahia). Esta será a segunda vez em que Luís Castro trabalhará no futebol árabe, tendo sido campeão da Taça do Emir do Catar, pelo Al-Duhail, antes de chegar ao Botafogo.
Ainda sem novo técnico definido, o Botafogo terá, na próxima rodada do Brasileirão, o clássico contra o Vasco, no domingo (2/7), no Estádio Nilton Santos.
*Estagiário sob a supervisão da redação