O Atlético-MG denunciou, pelas redes sociais do clube, que o goleiro Everson Felipe Marques Pires foi vítima de racismo após o jogo entre Atlético-MG e Libertad, na terça-feira (27/6), pela sexta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Em vídeo registrado pelo canal do time mineiro, é possível perceber que ao menos dois torcedores paraguaios fizeram imitações de macaco direcionadas ao goleiro.
A partida ocorreu no Paraguai e terminou em empate de 1 x 1. O resultado classificou a equipe mineira para as oitavas de final e empurrou os paraguaios para os playoffs na Copa Sul-Americana. Nas redes sociais, o Atlético-MG se manifestou sobre o caso de racismo. "Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Everson. Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não aconteçam nos estádios da América do Sul. Ao nosso paredão e multicampeão Everson, o carinho e a admiração de toda a Massa Atleticana", disse o clube.
O clube mineiro também destacou que sente orgulho do goleiro Everson, em apoio ao atleta. "Mais uma noite de grandes defesas do nosso goleiro, decisivo na classificação. Temos orgulho do seu talento, da sua origem e do que você representa dentro e fora de campo, Everson", escreveu o Atlético-MG, no Twitter.
O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, entregou a um representante da Conmebol no partida, um pen drive com as imagens dos atos racistas. Esse não é o primeiro caso de racismo registrado contra representantes do Atlético-MG. Na primeira fase da Libertadores, o venezuelano Carabobo foi multado em R$ 500 mil por insultos racistas da torcida contra o Atlético-MG.
O goleiro Everson cobrou ações das autoridades. "Sabemos que infelizmente só virá uma nota da Conmebol e é buscar se manter firme, continuar trabalhando, com a esperança que um dia isso possa mudar. Mas sabemos que se não tiver medidas mais drásticas isso vai continuar. Todos somos de carne e osso, todos temos sangue, cada um tem sua etnia, mas ainda falta um pouco de compaixão dos nossos amigos sul-americanos aqui", disse o atleta.
*Com informações da Agência Estado