A Seleção masculina de vôlei perdeu pela segunda vez na fase classificatória da Liga das Nações. Na manhã desta quinta-feira, início de tarde em Orléans, na França, o time comandado por Renan Dal Zotto esteve irreconhecível diante do Japão e amargou 3 sets a 2, parciais de 23/25, 21/25 e 25/18, 25/22 e 18/16 depois de uma reação espetacular. Os nipônicos abriram 2 x 0, tomaram o empate, mas retomaram as rédeas da partida no tie-break e mantiveram a invencibilidade na competição. Até então, o Brasil só havia perdido para Cuba na etapa anterior disputada em Ottawa, no Canadá. A equipe voltará à quadra neste sábado, às 11h30 (de Brasília), contra a Eslovênia. O duelo de domingo será contra a França, anfitriã e atual campeã olímpica, às 12h30.
O primeiro set foi disputado ponto a ponto na Co’met Arena. O saque do Japão fez a diferença. O adversário conseguiu cinco pontos nesse fundamento e venceu por 25 x 23. O time nipônico quebrou tabu. Os asiáticos não venciam uma parcial contra a Seleção desde 2018.
Venceu um e empilhou dois. Embalado pela exibição no primeiro set, o Japão abriu 2 sets a 0 com um pouquinho mais de folga. Depois de abrir 14 x 9 na parcial, foi questão de administrar a diferença elástica no placar e deixar o Brasil sob pressão no confronto. O ponteiro Yuki Ishikawa estava praticamente indomável pela defesa do Brasil na partida e comandava a bela exibição.
O Brasil se reorganizou no terceiro set e finalmente conseguiu se impor. A reação foi intensa e obrigou o Japão a poupar os titulares para a parcial seguinte. Turbinado pela atuação de Honorato, a Seleção fez 25 x 18 e salvou o primeiro “match point”. Até então, os nipônicos tinham perdido apenas dois sets em seis exibições para Sérvia, França e Canadá.
O triunfo deu moral para igualar o placar no quarto set. Depois de uma trocação de pontos no quarto set, o Brasil finalmente abriu 18 x 14 e passou a ter calma para consumar 25 x 22 e forçar com autoridade o tie-break em um espetáculo de altíssimo nível na arena francesa.
O tie-break foi ponto a ponto até o Japão desgarrar no placar e manter uma diferença de dois a favor. Mentalmente recuperado das derrotas nos dois sets anteriores, o Japão se impôs no quinto e fez 18/16. O resultado não é uma zebra. O Japão colhe o que plantou no forte investimento nas divisões de base.