A Seleção Brasileira masculina de vôlei derrotou, nesta terça-feira (20/06), a Bulgária, por 3 sets a 0. O compromisso, válido pela largada da segunda etapa da Liga das Nações de Vôlei, aconteceu na cidade de Orléans, na França. Com o apoio da torcida brasileira no ginásio na França, a equipe verde e amarela contou com ótimo desempenho dos coletivo e ótimo volume de jogo para furar a defesa adversária e largar na segunda parte do torneio com vitória.
Esta foi a quarta vitória dos homens do Brasil na competição. Na primeira etapa, haviam derrotado a Alemanha, a Argentina e os Estados Unidos, com a única derrota trazida por Cuba, no tie-break. Agora, a Seleção comandada por Renan Dal Zotto iniciará a preparação para os próximos compromissos, contra o Japão, a Eslovênia, e os anfitriões, a França, para encerrar a segunda etapa.
Primeiro set equilibrado
O início de jogo marcou a incapacidade das equipes de tomar a liderança do placar. Com um ponto lá, um ponto cá, os atacantes se sobressaíam acima dos bloqueios, incapazes de segurar os fortes golpes, vindos de ambos os lados. Tanto Alan e Lucarelli, para o Brasil, quanto Nikolov e Seganov, para a Bulgária, se destacavam com ofensivas oportunistas.
Bem estruturado e forte à frente, o time verde e amarelo controlava bem as investidas adversárias e somava pontos, e foi capaz de abrir dois pontos de vantagem no placar, por duas vezes. No entanto, mal na recepção, o Brasil perdeu fôlego e cedeu pontos para o adversário. Apesar de ainda atacar bem, errou dois saques com Alan e Lucão e não caprichava nos bloqueios. Com isso, pela primeira vez na partida, um dos lados abriu uma vantagem de três pontos no placar, que chegou a ser de 20 a 17.
Dal Zotto, então, optou por requisitar uma parada técnica e pediu aos jogadores para que não espalhassem o jogo potente dos búlgaros, muito fortes fisicamente. Assim, com decisão pela entrada do oposto Felipe Roque, o Brasil se recompôs e passou a, além de melhorar a recepção, pontuar com os bloqueios. Com isso, retomou a liderança novamente e abriu vantagem de três pontos para fechar o primeiro set sorrindo: 25 a 22.
Um passeio no parque
Com a mudança e o momento positivo, o segundo set começou da mesma forma em que o primeiro terminou. Eficiente na recepção e autora de golpes certeiros, a Seleção mantinha a vantagem e chegou a abrir distância de cinco pontos: 7 a 2. À medida em que o tempo avançava, no entanto, a diferença passava, de pouco em pouco, a diminuir. Empenhado, Nikolov, de apenas 19 anos, se mantinha como o grande nome da Bulgária e saltava alto para pontuar.
Apesar disso, o jogo do Brasil era mais fluído. Mais harmônicos, elevaram os ânimos após a vitória de um set praticamente perdido e foram capazes de encaixar o jogo e funcionar em todos os cantos da quadra. Com quatro bloqueios e boa participação do banco de reservas - com a entrada do jovem Arthur, ponteiro de 19 anos - a Seleção mantinha o inspirado Nikolov (este maior pontuador da partida até então, com 11 pontos) sob controle e chegou a abrir nove pontos de vantagem antes de fechar a segunda parcial, por 25 a 17.
Recepções bem feitas
O terceiro set começou, mais uma vez, positivo para o Brasil. Principal nome do Brasil em quadra, Lucarelli iniciou a parcial de número três com indícios que queria fechar o jogo o quanto antes. Em duas pancadas, marcou dois pontos em saques para abrir dois de vantagem, antes de um terceiro ponto conquistado por Alan. A recepção canarinha, além disso, mantinha o bom desempenho e chegava a forçar erros das investidas búlgaras.
Da mesma maneira do último set, a Seleção, embora desse espaços à Bulgária e permitisse a manutenção de uma vantagem magra, já havia se encaixado bem o suficiente para não ceder a liderança. Além disso, contava com a inspiração de Lucarelli - este que atacava pelo fundo da quadra, posição que não é a favorita - e com os frequentes erros ofensivos do adversário: com 13 a 9 no placar, eram 12 vacilos dos búlgaros, contra cinco tupiniquins.
Com seis pontos de diferença no placar, o Brasil chegou a completar três bloqueios seguidos, antes de contar com desvio da defesa adversária em golpe de Alan. Diferença de sete pontos à frente era a maior no terceiro set, este marcado por grande volume de jogo dos brasileiros. Já apenas preocupada em manter a liderança, tudo que a Seleção precisou fazer para matar a terceira parcial foi manter o foco na recepção e não errar nas ofensivas. Com 25 x 15 na terceira parcial, o Brasil fechou o jogo com bela atuação coletiva, por 3 sets a 0.
Próximo compromisso
Agora, o Brasil se prepara para enfrentar o líder do campeonato, o Japão. Dono de uma campanha surpreendente até aqui, os nipônicos enfrentarão a Seleção no mesmo local, na quinta-feira (22), à 8h.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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