A fúria está liberada, pois não há título que falte aos espanhóis no planeta bola. Campeã do mundo em 2010 e da Eurocopa em 1964, 2008 e 2012, a La Roja completou a sala de troféus com a conquista da Liga das Nações da Uefa ao bater a Croácia nos pênaltis, por 5 x 4, na Holanda.
A Espanha é apenas a terceira seleção a conquistar a Liga das Nações. A primeira versão do torneio foi disputada na temporada 2018/19. Portugal, de Cristiano Ronaldo e companhia, foram os primeiros vencedores. Na versão seguinte, a França de Kylian Mbappé levantou o caneco.
Embora ainda não desponte como obsessão das principais potências do Velho Continente, a Liga das Nações tem um sabor especial para a Espanha. Além do fato de "zerarem" o futebol com a conquista, eles encerram o jejum de títulos que durava 11 anos. É um feito que brinda a renovação encabeçada pelo treinador Luis de la Fuente.
Dos 23 boleiros à disposição do comandante espanhol, apenas um fez parte da última alegria em campo. O lateral-esquerdo Jordi Alba era uma das peças disponíveis para o técnico Vicente del Bosque na Euro-2012. Um dos principais nomes da atual geração, o meia Gavi tinha apenas oito anos quando o país conquistou o tri europeu.
Alegria para uns e tristeza para outros. Acostumada a viver perigosamente com decisões em prorrogações e por pênaltis, a Croácia desperdiçou a chance de brindar o país com o primeiro título oficial. Fizeram jogo duro no tempo regulamentar, mas pagaram caro com as cobranças desperdiçadas na marca da cal por Majer e de Petkovic, aquele do gol contra o Brasil nas quartas de final na Copa do Mundo do Catar, no ano passado.
Nos últimos cinco anos, a Croácia disputou oito tempos extras em disputas oficiais. A trupe liderada por Luka Modric deu sorte ao azar. O tropeço de ontem foi apenas o segundo nesse recorte. A primeira, justamente contra a Espanha, nas oitavas de final da Euro-2020.
Um adeus próximo
A final da Liga das Nações pode ter sido a última exibição do maestro Luka Modric com a camisa quadriculada. O meia de 37 anos vem ensaiando a despedida da seleção há algum tempo, com declarações de que decidira o futuro pela equipe nacional após o desfecho do torneio, positivo ou não. Na saída do estádio, ele foi direto com os jornalistas. “Tenho clara a minha decisão, mas não vou dizê-la hoje”, disse.