Um título, duas medidas. Esse é o enredo da final da Liga das Nações da Uefa, neste domingo (18/6), às 15h45, entre Croácia e Espanha, em Roterdã, na Holanda. Terceiros colocados na Copa do Mundo do Catar e vice-campeões em 2018, na Rússia, os crotas buscam o primeiro título oficial do futebol do país. Por outro lado, os espanhóis miram "zerar" os feitos mais relevantes do esporte com o troféu continental após conquistas do Mundial da África do Sul e das Euros de 1964, 2008 e 2012.
Próxima de viver o último ato da terceira edição, a Liga das Nações conhecerá o terceiro campeão. Jamais uma equipe faturou o torneio duas vezes ou mais. Antes de Croácia ou Espanha, a seleção portuguesa, de Cristiano Ronaldo e companhia, e a França, do astro Kylian Mbappé, levantaram o caneco em 2019 e 2021, respectivamente.
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Diferentemente das conquistas passadas, a Espanha não conta com um conjunto vistoso. Quem se acostumou com o meio de campo encantador com Xavi e Iniesta agora observa a evolução de nomes como Gavi e Rodri. Apesar do pouco tempo de trabalho, o treinador da La Roja, Luis de la Fuente, conta com o prestígio que o antecessor e xará Luis Henrique não teve.
O lado quadriculado do torneio aposta na resiliência. A base da Copa do Mundo foi mantida, com o meia Luka Modric como destaque. Dono da prancheta croata desde 2017, Zlatko Dalic tem levado a Croácia às fases mais agudas dos torneios internacionais, mas também flerta com a decepção ao viver perigosamente e deixar as definições para as prorrogações ou pênaltis. O triunfo sobre a Holanda, por 4 x 2, veio no tempo extra. A seleção do Leste europeu jogou sete prorrogações em cinco anos. Se classificou em oito. Eles chegam com a moral elevada.
Luis de la Fuente exaltou o vigor físico e mental dos espanhóis diante do desgaste além do tempo regulamentar. "Tenho visto uma equipe fisicamente muito forte e capaz de aguentar o prolongamento e outro jogo no dia seguinte se for necessário, analisou.
Terceiro lugar
Nem só de final vive a Liga das Nações da Uefa. Antes de a bola rolar na disputa pela taça, Holanda e Itália se encontram, às 10h, em Enschede, nos Países Baixos. Embora não valha título, esta é chance para as duas equipes iniciarem o resgate do prestígio dos torcedores.
Depois do bicampeonato na Euro-2020, a Azurra amargou a ausência na Copa do Mundo do Catar e, contra a Croácia, o fim do sonho de conquista. A Laranja Mecânica, não anda tão mal, mas ajustes são necessários. A goleada sofrida por 4 x 2 contra a Croácia escancarou algumas fragilidades no esquema montado por Ronald Koeman.
Apesar da frustração de estar, novamente, fora dos holofotes a Itália entende o momento. Para o atacante Retegui Raspadori, essa é a chance de mostrar serviço. "Cabe a nós, jovens darmos respostas e demonstrar que este ciclo pode ter continuidade", avaliou na coletiva ao lado do técnico Roberto Mancini.