No segundo jogo em Brasília, a Seleção Brasileira feminina de vôlei venceu a Sérvia. A partida ocorreu na noite desta quinta-feira (15/6), no Ginásio Nilson Nelson. A equipe comandada por José Roberto Guimarães encontrou dificuldades para passar pelo paredão das europeias, mas conquistou mais uma vitória no torneio. Em um jogo disputado, o time verde-amarelo levou a melhor por 3 sets a 2 (23/25, 25/22, 21/25, 25/11 e 15/11).
O primeiro ponto da partida foi brasileiro. No entanto, a seleção sérvia logo tomou a dianteira no placar e abriram uma vantagem de sete pontos sobre a equipe verde-amarela. Na metade do set, o técnico José Roberto pediu tempo para alinhar as falhas de ataque e contra-ataque do time. A oposta Rosamaria entrou em quadra para reforçar o time e foi recebida com gritos pelos torcedores. Empurradas pela torcida, as atletas brasileiras conseguiram igualar o marcador em 21 a 21 e batalharam ponto a ponto com as europeias, que levaram a primeira parcial por 25 a 23.
Após a derrota no set inicial, a Seleção brasileira retornou à quadra mais atenta e não deu brecha para a equipe europeia. Com o bloqueio encaixado das jogadoras Thaisa e Macris, o time verde-amarelo abriu uma vantagem de cinco pontos. Logo, as sérvias equilibraram o placar em 11 a 11, mas a equipe comandada por José Roberto suou a camisa e retornou à frente do placar. As brasileiras conseguiram levar o segundo set por 25 a 22, com a ponteira Pri Daroit e a oposta Kisy brilhando no ataque.
Animadas com a vitória na parcial anterior e com a empolgação da torcida, a equipe verde-amarela voltou com todo o gás para a disputa. Dessa vez, as europeias não deixaram as adversárias abrirem vantagem. Com uma diferença de três pontos no começo do set, as brasileiras correram atrás do prejuízo. A central Thaisa brilhou no bloqueio que deu o ponto de empate em 18 a 18. A oposta Rosamaria retornou a quadra para ajudar a seleção a levar a parcial. Em um set disputado, foi preciso concentração para vencer. E assim fez a equipe europeia que levou a melhor por 25 a 21.
Tentando forçar o quinto set, o time de José Roberto encaixou o contra-ataque e o ataque, abrindo uma diferença de onze pontos no marcador. A torcida ia à loucura a cada ponto marcado pela central Thaisa, gritando o nome da jogadora no Ginásio. Mais concentradas e organizadas, as brasileiras conseguiram vencer as sérvias sem dificuldades, chegando a ampliar ainda mais a vantagem com 22 pontos contra nove da equipe europeia no fim da parcial. A Seleção verde-amarela ganhou o set por 25 a 11.
No set de desempate, as brasileiras saíram na frente. Em clima de animação, a torcida empurrava as jogadoras e comemorava cada ponto conquistado. Mais uma vez, Thaisa brilhou na rede, fazendo dois bloqueios seguidos e sendo ovacionada pelos torcedores. A equipe verde-amarela abriu vantagem de quatro pontos, forçando o pedido de tempo do técnico da Seleção europeia. Apesar da parada, o time comandado por José Roberto não perdeu o ritmo e conquistou a segunda vitória na etapa em Brasília por 15 a 11.
Para os jogos da Liga das Nações, o técnico José Roberto Guimarães conta com as levantadoras Macris e Roberta; as opostas Lorenne, Kisy e Rosamaria; as ponteiras Julia Bergmann, Maiara Basso e Pri Daroit; as centrais Carol, Diana, Lorena e Thaisa; e as líberos Natinha e Nyeme. As ponteiras Ana Cristina e Gabi estão fora da etapa de Brasília, ambas por problemas no joelho. Mesmo sem jogar, a capitã Gabi foi ovacionada pela torcida ao entrar no ginásio.
A central Thaísa e a oposta Kisy foram as maiores pontuadoras com 18 e 16 pontos, respectivamente. Ao fim do jogo, a central comentou sobre a partida disputada. “A gente jogou contra um campeão mundial. Elas jogam vôlei e vai ser jogo duro. Nós vamos errar e elas vão errar também. Não vai ser jogo fácil e não vamos sempre ganhar de 3x0”, destacou.
Na avaliação de Thaísa, a equipe brasileira foi muito bem. “A gente começou atrás e conseguimos nos juntar para virar o jogo. Tem time do outro lado que entrega muito jogo e temos que valorizar o que a gente fez”, ressaltou. Ela pontuou que Brasil pode errar menos e consertar as falhas. “O que fizemos dentro da quadra foi incrível como equipe”, comentou.
Após cinco anos longe das quadras pela seleção, a central foi ovacionada em vários momentos pela torcida. “Eu adoro isso, eu sou movida a jogo duro”, enfatizou. Sobre as próximas partidas, Thaísa destacou que, daqui para frente, não tem jogo fácil. “O negócio é saber jogar na dificuldade e ganhar. Eu acredito muito que o time cresce nesses momentos”, concluiu.
Liga das Nações
Nesta segunda etapa, o Brasil ainda enfrentará a Alemanha e os Estados Unidos. O torneio é parte importante para a classificação e a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O primeiro jogo em solo brasiliense foi de vitória contra a equipe sul-coreana.
Ao deixar Brasília, a seleção segue para a terceira etapa da Liga das Nações, que ocorre em Bangkok, na Tailândia. Após cada seleção ter disputado as 12 rodadas, as oito melhores se classificam para as finais, disputada em Arlington, nos Estados Unidos.
Na primeira etapa, que ocorreu em Nagoia, no Japão, a equipe verde-amarela conquistou três vitórias em quatro jogos — sobre Holanda, República Dominicana e Croácia. A única derrota até o momento foi na estreia diante da China.
Apoio da torcida
O educador físico Tiago Vieira, 37 anos, e o médico Emílio Muneroli, 42 anos, vieram diretamente de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, para acompanhar os jogos da Seleção Brasileira na Liga das Nações. Apaixonados por vôlei, eles chegaram nesta quinta-feira (15/6) na capital federal e vão ficar até domingo para ver o Brasil encarar o último desafio desta etapa, que é contra os Estados Unidos.
Animados em acompanhar o torneio pela primeira vez, os dois não se importam se o jogo tiver até cinco sets. “Bom que dura mais, só que o Brasil tem que ganhar”, brinca Tiago, acertando o placar final. “Mas se for para perder, que seja de 3 sets a 0”, destaca o médico. Apesar das brincadeiras, os dois estão otimistas com as atletas de vôlei do Brasil e já aguardam ansiosamente pelos Jogos Olímpicos em Paris, no ano que vem.
Eles lamentam que a ponteira Ana Cristina machucou e não estará presente nas quadras. “Trouxemos até uma faixa de apoio para ela. A gente queria muito ver a Gabi também que não está jogando por lesão”, comenta o educador físico. Questionados sobre as outras atletas, os dois gritam em coro o nome da central Thaisa, que está de volta à seleção após cinco anos, devido a uma lesão no joelho. “Também queremos muito ver a Macris”, pontua Emílio.
Entrada
Ao Correio, um torcedor reclamou que estão vetando a entrada de garrafas de água mineral no Ginásio Nilson Nelson. Na ocasião, ele tentou entrar com a bebida das mesmas marcas vendidas na arena. O torcedor destaca que pesquisou e que não há nenhuma lei distrital que proíba a entrada com água.
A organização do evento informou que não é permitida a entrada no ginásio com alimentos e bebidas. No momento da apresentação dos ingressos, os torcedores passam por uma revista. O torcedor comenta que acionou o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), mas não teve resposta até o momento.
Confira as próximas partidas do Brasil:
17/6 – Brasil x Alemanha, às 14h
18/6 – Brasil x Estados Unidos, às 10h