Vizinhos de origem das duas das maiores regiões administrativas do Distrito Federal, os representantes da capital na Série D do Campeonato Brasileiro têm encontro marcado, neste sábado (3/6), às 16h, no Estádio Serejão. Vivendo instabilidade na temporada, o Brasiliense recebe o Ceilândia, líder invicto do Grupo A5. O duelo não terá presença de público por causa de punição imposta ao Jacaré.
As primeiras quatro partidas do Gato Preto renderam pontos. O empate sem gols contra o vice-campeão mato-grossense, União Rondonópolis, fora de casa, foi o único a tirar os alvinegros da perfeição. Como mandante, os comandados de Adelson de Almeida utilizam abusam do jogo ofensivo. Não à toa, divide o melhor ataque da competição com a Portuguesa-RJ, com 11 gols. Os candangos aplicaram 4 x 0 no Interporto-TO e no Iporá-GO, além do 3 x 0 contra o Real Ariquemes.
A manutenção dos jogos na cidade tem surtido um efeito menos desgastante no primeiro turno. Enquanto o Brasiliense viajou ao Mato Grosso, a Rondônia e ao Tocantins, os mandantes no Abadião não viajam há três semanas. Os ceilandenses arrumam as malas em 11 de junho, na visita ao Operário, em Várzea Grande (MT).
O Ceilândia, porém, deve manter o ritmo para não repetir a campanha do ano passado. Idêntica na pontuação, com 10 pontos conquistados de 12 possíveis, a diferença foi apenas no saldo: cinco gols marcados e nenhum sofrido. Em seguida, a equipe caiu no Defelê contra o próprio Jacaré, por 2 x 1, no começo de uma queda.
A fórmula para afastar o fantasma do ano passado e seguir com a fila de triunfos passa pela insistência extracampo. "O trabalho tem sido forte, intenso, para procurar melhorar e evoluir e que os bons resultados continuem, sempre buscando a evolução a cada dia", diz o atacante Felipe Clemente.
A turbulência do Brasiliense segue e parece não ter hora para acabar. A tabela mostra as possíveis realidades ao final da rodada. A liderança é uma possibilidade, ainda que remota, em caso de uma goleada por quatro gols de diferença. Fechar a jornada fora do G-4 também é o risco, dependendo da combinação de resultados.
Para o meia Zotti, a ordem amarela para a retomada passa por triunfar contra o vizinho. "A última vitória fora de casa nos manteve no G-4 e, agora, vem um confronto direto contra o líder do campeonato, em um gramado que a gente conhece muito bem. Nessa competição, se você quer chegar lá na frente, obrigatoriamente, tem de ganhar em casa. Pensamos nisso, respeitando o Ceilândia, então a gente espera fazer um bom jogo", declarou.
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini