Esportes olímpicos

Deu onda! Etapa brasileira da WSL tem penúltimo dia movimentado

Com direito a batalhas brasileiras, no masculino, o mar variado foi problema para os surfistas. Favoritos em ambas modalidades foram eliminados antes das quartas de final

Paulo Martins*
postado em 30/06/2023 18:43 / atualizado em 30/06/2023 18:47
 (crédito: Instagram/WSL)
(crédito: Instagram/WSL)

O mar de Saquarema, no Rio de Janeiro, deu a graça para a volta do Rio Pro, a etapa nacional do Circuito Mundial de Surfe (WSL). Nesta sexta-feira (30/6), com céu nublado no Litoral Fluminense, a alta das ondas ofereceu uma situação apropriada para a disputa, após cinco dias de suspensão pela calma na maré, com o certame programado, oficialmente, até este sábado (1º/7).

No octogonal inicial do masculino, o aproveitamento brasileiro foi de 50%. Na abertura do dia, contra o líder mundial do ranking, o americano Griffin Colapinto, Jadson André teve uma grande vitória, por dois pontos de vantagem. Em seguida, no primeiro confronto entre brasileiros, Samuel Pupo teve uma chave acirrada contra Gabriel Medina, levando a melhor por um ponto. Mesmo encaixando duas boas ondas em seguida, o tricampeão do mundo teve dificuldade para achar boas notas e foi eliminado. No confronto seguinte, Caio Ibelli foi derrotado pelo havaiano Barron Mamiya, também fechando a participação no campeonato.

As oitavas de final começaram com duelo nacional decidido nos instantes finais e com o mesmo vencedor. Pupo superou João Chianca, o Chumbinho, nos minutos decisivos, com a quinta onda pessoal de cada um sendo contabilizada na pontuação. Samuel viu o adversário anotar 9,27 e obteve a virada ao marcar 5,87 e chegar aos 10,20 totais.

No quinto confronto, debaixo de chuva, Filipe Toledo e Jadson André sofreram com a baixa da maré, já no começo da tarde. Filipinho foi dominante na primeira metade da bateria, somando 9,50 nos primeiros 20 minutos, contra 6,34 do rival, que precisava dobrar a pontuação para ter nota suficiente entre as melhores ondas qualificadas.

Porém, o mar calmo durou brevemente e, em uma disputa mais acirrada, no espaço de um ponto. A um minuto do fim, Jadson saiu de uma onda complicada e conseguiu a virada e a classificação contra o vencedor das últimas três etapas no país, carregado, com dores, ao sair da água, 0,53 ponto abaixo.

No sexto duelo, Yago Dora bateu o australiano Liam O’Brien. Nos primeiros dez minutos, tinha 8,83 pontos, mesmo com a instabilidade da corrente. Nos instantes finais, a diferença era de dois pontos a favor do brasileiro, na classificação mais tranquila quanto à distância dos pontos, em 5,24 unidades, com o estrangeiro conseguindo ter pontuação em apenas quatro ondas.

O fechamento das oitavas teve Ítalo Ferreira caiu diante do havaiano Barron Mamiya. A luta para encontrar uma boa onda foi dura, com o brasileiro tendo apenas 1,5 ponto em uma oportunidade em 15 minutos, incluindo um choque com a areia da praia. Com a metade do tempo cumprido, a vantagem do norte-americano era de nove pontos. A menos de cinco minutos, o anfitrião precisava de 9,41 pontos para classificar, em uma missão praticamente impossível, sobretudo com a fraqueza da água na parte final da bateria.

No feminino, o dia teve eliminações brasileiras no quadrangular prévio às quartas de final. Silvana Lima caiu para a havaiana Carissa Moore por 0,5 ponto, na abertura da rodada. No fim da fase, o azar foi de Tatiana Weston-Webb, somando 7,66 contra os 11,73 da estadunidense Caitlin Simmers, a maior do dia entre as mulheres. Com isso, o Brasil fica sem competidoras na decisão da etapa doméstica. A bateria das semifinais será: Tyler Wright x Caroline Marks e Carissa Moore x Caitlin Simmers.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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