Faltam 400 dias para a abertura das Olimpíadas de Paris. O início das disputas na Cidade Luz parece distante, mas, para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), elas começaram há muito tempo. A entidade está empenhada em concluir os últimos ajustes para as modalidades que serão sediadas longe da capital francesa, como a vela (em Marselha) e o surfe (em Teahupo'o).
O objetivo do COB é oferecer as melhores condições possíveis aos protagonistas do esporte e minimizar os imprevistos antes, durante e depois das competições. Para assegurar isso, os espaços passarão por eventos-teste oficiais da organização de Paris-2024. As bicampeãs olímpicas das classes da 49er FX nos Jogos Rio-2016 e Tóquio-2020, Martine Grael e Kahena Kunze, usarão as estruturas em Marselha de 18 a 27 de junho para treinos.
"Vamos usar os eventos-teste da vela e do surfe para podermos fazer com que as condições diferentes, peculiares que essas subsedes apresentam para nossa equipe, atletas e comissões técnicas se tornem uma vantagem competitiva para o Brasil. É uma ação fundamental para nós. Uma vez conhecida e testada toda a parte logística e técnica, podemos saber quais são os desafios que vamos ter para o ano seguinte", analisou Ney Wilson, Diretor de Alto Rendimento do COB.
A cerca de 15.716 km de Paris, a ilha de Teahupo'o, na Polinésia Francesa, receberá a Brazilian Storm e lança desafios para o departamento de logística do COB. O evento-teste do surfe será na tradicional etapa da World Surf League (WSL) do Taiti, de 11 a 20 de agosto. O local abriga uma das disputas do Circuito Mundial da modalidade desde 1999. Brasileiros foram felizes lá. Em 2008, Bruno Santos foi o primeiro surfista do país a levantar o troféu no local. Gabriel Medina, em 2014 e 2018, e Miguel Pupo, em 2022, repetiram a dose.
"A gente está tentando deixar tudo 100% para quando chegar a hora. É muito importante para sentir como vai ser no momento em que eu preciso ser a melhor atleta naquele dia. Acho que vai valorizar bastante a nossa participação na WSL", disse a surfista Tati Weston-Webb, atual número 5 do mundo e única classificada para Paris.
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