Preso desde 20 de janeiro no Brians 2, em Sant Esteve de Sesrovires, na Catalunha, depois de ser acusado de estuprar uma mulher de 23 anos, em Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro, o lateral-direito Daniel Alves falou pela primeira vez sobre o escândalo em entrevista publicada nesta quarta-feira no jornal La Vanguardia.
O atleta articula com os advogados para aguardar o julgamento em liberdade, mas a defesa acumula recursos negados contra a decisão do Juizado de Instrução de Barcelona. Na interpretação da Justiça catalã, nenhuma medida cautelar pode "neutralizar com suficiente garantia" o risco de fuga.
"Resolvi dar esta entrevista, a minha primeira desde que estou aqui, para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos", explica o jogador à jornalista Mayka Navarro.
Daniel Alves fala dá a versão sobre o contato com a suposta vítima. "Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite, apareceria em uma delegacia para esclarecer", contesta o jogador.
Seis meses depois do episódio, Daniel Alves assume o papel de vítima. "Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (a suposta vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida", afirma Daniel Alves.
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