A Seleção Brasileira feminina de vôlei perdeu para os Estados Unidos na segunda etapa da Liga das Nações, na manhã deste domingo (18/6), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Mesmo com o apoio da torcida, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães não conseguiu superar a forte seleção norte-americana na disputa por 3 sets a 0 (25/22, 25/19 e 25/22). Esta é a segunda derrota do Brasil no torneio, que perdeu na estreia para as chinesas.
Nos primeiros lances do jogo, o Brasil já abriu três pontos sobre a seleção norte-americana. Em reação, os Estados Unidos conseguiram passar a frente no placar, revertendo a diferença criada pela equipe verde-amarela. Com a partida em 19 a 15 para as adversárias, o técnico brasileiro pediu tempo para reorganizar o time. A parada surgiu efeito nas atletas do Brasil que voltaram com mais garra para buscar o set, diminuindo a diferença no marcador. No entanto, não foi suficiente para superar as americanas, que levaram a primeira parcial por 25 a 22.
Logo no começo do segundo set, os Estados Unidos abriram o placar com quatro pontos diante da equipe brasileira. Mesmo atrás no placar, cada ponto verde-amarelo era comemorado com muita vibração em quadra e fora dela. As norte-americanas chegaram a ampliar a vantagem para sete pontos. Em uma reação, as atletas do Brasil diminuíram a diferença com o set em 14 a 12. Mas, com bloqueio e contra-ataques alinhados, as americanas levaram mais uma vez a parcial com 25 a 19.
Com dificuldades de pontuar, o Brasil viu mais uma vez os Estados Unidos criarem uma vantagem no início do set. Com o placar em 16 a 11 para as norte-americanas, a equipe verde-amarela encontrava dificuldades para superar as adversárias. José Roberto então colocou a oposta Rosamaria e a levantadora Macris em quadra, que ajudaram as anfitriãs a diminuir a diferença no marcador para apenas um ponto. Mesmo com muita garra, a Seleção não conseguiu reverter o placar e perdeu o jogo por 25 a 22.
Mais um sonho realizado
Maiza Amorim, 30 anos, veio de João Pessoa, na Paraíba, para acompanhar o Brasil na Liga das Nações. “Ver a seleção de perto sempre foi sonho. Ano passado, eu tive a oportunidade de vir e esse ano novamente vim para prestigiar essas meninas que jogam demais”, comenta a torcedora com a camisa da equipe verde-amarela com o nome da levantadora Macris.
A estudante de arquivologia acompanhou todas as partidas da seleção brasileira no Ginásio Nilson Nelson e destaca a adrenalina que foi a vitória sobre a Sérvia por 3 sets a 2. “Esse jogo foi muito bom”, recorda. Maiza acreditava que o Brasil ganharia mais um jogo, desta vez contra os Estados Unidos.
Sem conseguir escolher uma jogadora favorita, a estudante avalia que todas arrasam em quadra. “O Brasil é uma equipe unida”, pontua. Com a proximidade das Olimpíadas de Paris, que ocorrem em 2024, Maiza vê grandes chances para que o Brasil traga uma medalha para o país. “A seleção está caminhando muito bem para as Olimpíadas. Estamos em primeiro no ranking e só tem a melhorar”, destaca a torcedora apaixonada pelo esporte desde criança.
Liga das Nações
O Brasil finaliza a segunda etapa da Liga das Nações com três vitórias e uma derrota. O torneio é parte importante para a classificação e a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O primeiro jogo em solo brasiliense foi de vitória contra a equipe sul-coreana. Em uma disputa difícil, as atletas brasileiras superaram também as seleções da Sérvia e da Alemanha, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Ao deixar Brasília, a seleção segue para a terceira etapa da Liga das Nações, que ocorre em Bangkok, na Tailândia. Após cada seleção ter disputado as 12 rodadas, as oito melhores se classificam para as finais, disputada em Arlington, nos Estados Unidos.
Na primeira etapa, que ocorreu em Nagoia, no Japão, a equipe verde-amarela conquistou três vitórias em quatro jogos — sobre Holanda, República Dominicana e Croácia. Até então, a única derrota havia sido na estreia diante da China.
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Jogadoras dos Estados Unidos comemoram a vitória sobre o Brasil em Brasília Foto: Ed Alves/CB/D.A Press -
A derrota para os EUA não ofuscou o sorriso da paraibana Maiza Amorim Foto: Júlia Eleutério/CB/D.A Press
