Assessor de Vini Jr. presta queixa por racismo em Barcelona

Felipe Silveira acusou de racismo um segurança do estádio onde ocorria o amistoso do Brasil contra a Guiné. A polícia catalã, porém, não divulgou imagens de câmeras do estádio Cornellà-El Prat

Correio Braziliense

postado em 18/06/2023 11:14

(crédito: Reprodução/ Joilson Marconne/CBF)

A equipe do jogador de futebol da Seleção Brasileira Vinícius Jr. prestou queixa, neste domingo (18/6), contra um segurança do estádio Cornellà-El Prat, em Cornellà, cidade vizinha a Barcelona, na Espanha, por racismo contra o assessor e amigo do atleta Felipe Silveira, de 27 anos. 

O caso ocorreu no sábado, (17/6), durante o jogo amistoso entre o Brasil e a seleção de Guiné. Nessa partida, os jogadores brasileiros disputaram o primeiro tempo com um uniforme preto, em protesto contra episódios de racismo sofridos por Vini Jr., durante os jogos do Real Madrid, equipe que o brasileiro joga como atacante titular.

Segundo Felipe, enquanto se emocionava com o ato contrário ao racismo dos atletas em campo, ele teria sido humilhado por um segurança do estádio. “O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos”, escreveu Vini Jr no Twitter, e fez um questionamento: “Mas pra deixar tudo público, pergunto aos responsáveis: onde estão as imagens das câmeras de segurança?”.

Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos. Mas pra deixar tudo público, pergunto… https://t.co/41RIJIJiuZ

— Vini Jr. (@vinijr) June 17, 2023

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Sem imagens

Embora Vini Jr. tenha solicitado as câmeras internas do estádio para checar a cena em que Felipe Silveira acusa o segurança de racismo, essas imagens não foram liberadas pela polícia catalã. 

Segundo informações do portal UOL, a equipe de Vini Jr. se mostra pessimista quanto à disponibilização do arquivo das câmeras. Na delegacia, um dos policiais disse que "no Brasil também existe racismo", para minimizar as acusações. 

A equipe do jogador brasileiro, então, solicitou novamente a visualização das imagens, mas não tiveram acesso. Os policiais explicaram que o material contido nas câmeras só podem ser consultado por agentes de segurança.