Adeus ano velho e feliz ano, Seleção Brasileira. A goleada no amistoso contra Guiné, por 4 x 1, em Barcelona, na Espanha, brindou o país com a primeira alegria desde a eliminação para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. Em março, a equipe enfrentou Marrocos no primeiro compromisso em 2023 amargou a derrota por 2 x 1.
A vitória, claro, traz alegrias e evidencia pontos positivos com a bola rolando. Mas a maior jogada da Seleção Brasileira foi antes de a bola rolar. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) preparou ações de combate ao racismo, sobretudo aos reiterados ataques sofridos pelo atacante Vinicius Junior na Espanha.
No primeiro tempo, o amarelo que encantou o mundo tantas vezes e o conquistou em cinco oportunidades deu lugar ao uniforme predominantemente preto. O recado é obvio, mas também foi estampado em um patch na camiseta: "com o racismo não tem jogo". Antes de a bola rolar, os jogadores se ajoelharam e se sentaram no gramado, também em forma de protesto.
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A postura da entidade com ações foi alinhada ao excelente comportamento da Seleção em campo. Nada melhor que um negro para abrir o placar. O volante estreante Joelinton foi o responsável por abrir a contagem aos 26 minutos. Rodrygo ampliou e depois viu Guirassy descontar para os africanos antes do intervalo. Na volta dos vestiários, o Brasil utilizou o uniforme tradicional, mas não amarelou.
No primeiro minuto da etapa final, o zagueiro Militão foi ao ataque e marcou o terceiro. A festa, porém, so ficaria completa quando o dono da camisa 10 decretasse. Aos 42 minutos, Vinicius Junior converteu pênalti que contabilizou o terceiro gol dele em 22 partidas pela equipe tupiniquim. Foi uma batalha vencida em campo e o compromisso reforçado com uma luta fora dele.
Ao final da partida, o técnico interino reforçou a gratidão pelo momento no time principal. "Primeiro agradeço a Deus pela oportunidade, ao presidente Ednaldo Rodrigues, pela oportunidade. Aos jogadores, também, por terem me recebido bem. Nosso relacionamento está crescendo. Tenho oportunidade de trabalhar com novos jogadores, time forte, experiente. Estou feliz com a vitória", disse.
Ancelotti vem?
Não é segredo para ninguém que um dos objetivos da cúpula da CBF com o amistoso na Espanha era se aproximar do técnico italiano Carlo Ancelotti. O veterano de 64 anos é alvo principal desde a saída de Tite após a Copa do Mundo, em dezembro. Em algumas ocasiões, Ancelotti se afastou da Seleção em respeito ao contrato vigente com o Real Madrid até junho de 2024. Empenhado, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, até cogita esperar pelo fim do vínculo do europeu com o clube merengue.
Ontem, o narrador Luís Roberto, da TV Globo, cravou um acordo entre Carlo Ancelotti e a Seleção Brasileira. Segundo ele, os cartolas projetam um anúncio com o treinador até o final deste mês.
Caso confirme a espera por Ancelotti até junho de 2024, a Seleção Brasileira disputaria mais oito partidas sob comando interino. Seis delas seriam pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, no Canadá, no México e nos Estados Unidos. O número representa um terço da disputa por vaga no Mundial.
Ramon Menezes comentou sobre uma possível passagem de prancheta para o italiano. "Não fiquei sabendo de nada (acerto com Ancelotti), ontem (sexta-feira), eu disse que se trata de um grandíssimo treinador. O que vou falar do Ancelotti? A carreira dele é maravilhosa. Meu foco são esses dois jogos. Ajudar a Seleção, para mim, é um prazer e privilégio. Meu foco agora é Senegal", compartilhou.
A Seleção direciona os trabalhos para o último compromisso desta Data Fifa, contra Senegal, na terça-feira, às 16h, no Estádio de Alvalade, em Lisboa, em Portugal.
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