Vini Jr é convidado a liderar comissão antirracista pelo presidente da Fifa

Gianni Infantino disse ainda que a comissão terá a participação de outros atletas; o objetivo será a sugestão de punições mais severas em casos de racismo

Camilla Germano

postado em 15/06/2023 15:37

(crédito: Joilson Marconne / CBF)

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou, nesta quinta-feira (15/6), a criação de uma comissão focada inteiramente para combater o racismo no futebol. E o jogador brasileiro Vini JR, que já protagonizou mais de oito casos de preconceito racial jogando na Espanha, pelo Real Madrid, foi convidado para liderar o grupo, segundo informou o UOL. 

O atacante, Infantino e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, encontraram-se em Barcelona, onde a Seleção Brasileira está concentrada para os amistosos, que ocorrerão nos próximos sábado (17/6) e terça-feira (20/6). 

• Entenda por que presidente da CBF pode esperar Carlo Ancelotti até 2024
  
• Netflix anuncia produção de documentário sobre o jogador Vini Jr.
  
• Brasil usará uniforme preto no próximo amistoso em ação contra o racismo
  

A expectativa é que, além de Vinícius Jr, outros atletas também façam parte da comissão para ampliar o debate e sugerir punições mais severas para casos de discriminação racial no âmbito esportivo.

“Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta! O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol,” declarou Infantino à CBF.

Na visita, o presidente da Fifa também teve uma reunião privada com Ednaldo Rodrigues, em que discutiram diversas questões sobre o futebol mundial e receberam Vinícius Júnior. 

“Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa. Que a imprensa reforce isso. A CBF quer que através do futebol o mundo volte a ser mais alegre,” afirmou Ednaldo.