LIGA DOS CAMPEÕES

De Bruyne e Lautaro são os talismãs coadjuvantes de City e Inter

No segundo episódio da série Amuletos, conheça mais dois "olhos turcos" de City e Internazionale: os invejados De Bruyne, melhor garçom da Europa, e Lautaro Martínez, possível sucessor de Messi na Argentina

Marcos Paulo Lima
postado em 09/06/2023 03:55
 (crédito: Kleber Sales/C.B./D.A. Press)
(crédito: Kleber Sales/C.B./D.A. Press)

No episódio anterior da série Amuletos, você foi apresentado ao Olho Turco, uma mítica pedra azul-cobalto, coincidentemente nas cores do Manchester City e da Internazionale, usada em países como a Turquia no combate ao mau-olhado. Mentores dos candidatos ao título da Liga dos Campeões da Europa, no sábado (10/6), às 16h, no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, os técnicos Pep Guardiola e Simone Inzaghi ostentam talismãs coadjuvantes invejados pela concorrência.

Aos 31 anos, o belga Kevin De Bruyne é o maestro do meio de campo do Manchester City. Uma joia rara a serviço do sistema 3-2-4-1 adotado pelo time inglês. Veste a camisa 17, mas é um 10 por excelência. Sorte de Pep Guardiola ter trabalhado com caras capazes de fazer o time jogar: Xavi e Iniesta no Barcelona; Toni Kroos e Schweinsteiger no Bayern de Munique; e De Bruyne.

Não basta tê-lo no elenco. É preciso ler o manual de fábrica. Saber usá-lo. O jogador nascido em Drongen é o maior garçom da temporada europeia. Acumula 31 assistências em 2022/2023. Do total, 18 foram na mais recente conquista do Campeonato Inglês. O recorde pessoal de De Bruyne era de 21 assistências em 2016/2017. Portanto, aumentou os passes decisivos em 50%.

Candidato aos prêmios Fifa The Best e Bola de Ouro, De Bruyne é o arco e flecha. Extremamente versátil, é capaz de confundir o adversário atuando em diferentes funções. Eliminou o Brasil da Copa de 2018 atuando como falso 9. Antes daquele jogo, exercia o papel de volante na seleção belga comandada à época por Roberto Martínez. Portanto, o posicionamento dele na decisão de amanhã pode ser uma das chaves do confronto com a Internazionale. O normal é seguir compondo a linha de armadores com Bernardo Silva, Gündogan e Grealish atrás de Haaland.

De Bruyne é arco, mas posa muito bem de flecha. Entrará em campo dois anos mais experiente. Em 2021, foi incapaz de impedir a derrota do Manchester City para o Chelsea por 1 x 0 na final da Liga dos Campeões. A frustração deu casca grossa para a segunda tentativa.

"Eu tenho quase 700 jogos na carreira. Noventa minutos não definirão o meu legado. Óbvio, quero ganhar a Liga dos Campeões e a tríplice coroa (Inglês, Copa da Inglaterra e Champions), mas o importante contra a Internazionale é jogar o melhor que pudermos", ponderou.

Simone Inzaghi também dispõe de um talismã coadjuvante. Aos 25 anos, Lautaro Martínez veste a camisa 10 da Internazionale, mas está longe de ser um meia como De Bruyne. Agudo, é um atacante infernal. Dois em um, faz bem o papel de garçom do parceiro de frente. Entretanto, não tem dificuldade alguma para assumir o papel de referência do ataque. A adaptação nem é tão necessária. O elenco desfruta de dois dos melhores camisas 9 raiz do planeta: Dzeko e Lukaku. O bósnio é titular na contestada preferência do técnico.

Seis meses depois de participar da campanha do tri da Argentina na Copa do Mundo, Martínez pode realizar o sonho de conquistar a Champions League. Há cinco anos, o candidato a herdeiro de Messi na seleção da Argentina desbravava os gramados da Libertadores com a camisa do Racing. Fez cinco gols na edição de 2018 do torneio continental. Três deles contra o Cruzeiro e dois nos duelos com o Vasco na fase de grupos. Virou carrasco dos dois times brasileiros e foi comprado, em julho daquele ano, pela Internazionale por 25 milhões de euros.

Artilheiro do Sul-Americano Sub-20 em 2017, o menino cresceu. Estampa no currículo os títulos do Italiano, Copa Itália, Supercopa da Itália, Copa do Mundo, Copa América, Finalíssima e figurou entre os indicados ao Fifa The Best em 2021. É pouco. O fominha quer mais. "Estou passando por um período maravilhoso da minha carreira e sempre disse, quando cheguei à Inter, que tentaria atingir o máximo. É o jogo mais importante das nossas carreiras em clubes. "O Manchester City também tem que estar preocupado em enfrentar a Inter", avisa.

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