A brasileira Bia Haddad segue quebrando tabus em Roland Garros. Depois de alcançar pela primeira vez a terceira fase e de se tornar a primeira tenista do país a se classificar para as oitavas de final de um Grand Slam em 44 anos, a paulista de 27 anos avançou às quartas de final na manhã desta segunda-feira, início de tarde em Paris, ao derrotar a número 132 do mundo Sara Sorribes por 2 sets a 1. As parciais foram de 6/7, 6/3 e 7/5 em um jogo que durou 3h51m. As duas jogadoras terminaram o confronto muito aplaudidas na quadra Suzanne-Lenglen.
A adversária espanhola chegou ao duelo depois de eliminar a francesa Clara Burel, a croata Petra Martic e a cazaquistã Elena Rybakina, que desistiu do confronto devido a uma lesão. A melhor posição de Sorribes no ranking havia sido o 32º lugar. No entanto, ela entrou na chave principal graças ao ranking protegido. Isso acontece quando a tenista passa mais de seis meses afastada do Circuito Mundial.
Enquanto Sorribes descansava na partida anterior, Bia travava um duelo duríssimo com a russa Ekaterina Alexandrova. Antes, havia superado a alemã Tatjana Maria e a também russa Diana Schnaider. Embora seja 16ª no ranking da ATP, Bia sentiu dificuldades no primeiro set contra Sorribes. A parcial foi para o tie-break e a espanhola abriu 1 x 0. Ela fechou o período em 7 x 6. A derrota parcial abalou a representante do país na partida.
No segundo set, Bia perdeu os três primeiros games. Entretanto, teve força mental para reagir e protagonizou uma virada incrível por 6/3. Ela conseguiu ganhar seis games consecutivos e impressionou a plateia.
O terceiro e decisivo set foi equilibrado até Bia Haddad abrir 4 x 2 e assumir enganosamente o controle da reta final da partida. A espanhola resistiu, empatou o set em 5 x 5 e deixou o ambiente tenso dentro e fora da quadra. Houve trocas de quebra de serviço até que Bia fechou o 12º game do último set de virada e confirmou um triunfo para a história.
Bia Haddad é a primeira mulher brasileira depois de Esther Bueno (1939-2018), finalista em 1964, a chegar nesta fase do Grand Slam disputado na França. Bueno também foi a última brasileira a ficar entre as oito em Roland Garros na edição de 1968.
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