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Sevilla supera Roma nos pênaltis e vira heptacampeão da Europa League

Time espanhol confirma a fama de papa-títulos na Europa League, arranca empate com a Roma no tempo regulamentar e na prorrogação, triunfa nos pênaltis e conquista torneio pela sétima vez em 17 anos

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete títulos da Europa League. O Sevila confirmou nesta quarta-feira a fama de senhor dos troféus no segundo torneio mais importante do Velho Continente ao derrotar a Roma nos pênaltis por 4 x 1 depois do empate por 1 x 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Autor do gol do tri da Argentina nos pênaltis contra a França na Copa do Catar, Montiel repetiu a dose com a camisa do Sevilla. Heptacampeão, o time espanhol jamais perdeu uma final da competição. A coleção de taças começou em 2006 e se consolidou nas edições de 2007, 2014, 2015, 2016 e 2020.

A conquista do Sevilla chega depois de uma temporada atribulada. A diretoria demitiu o técnico Jorge Sampaoli. O argentino, atual técnico do Flamengo, deixou o time próximo da zona do rebaixamento no Campeonato Espanhol e colecionava inimizades no elenco. Pacificado pelo sucessor espanhol José Luis Mendilibar, o Sevilla encerrou LaLiga em 11º lugar e bateu o ponto na final da Europa League pela oitava vez. Até então, a única conquista dele havia sido na segunda divisão com o Valladolid na temporada de 2006/2007.

Marcada por uma confusão entre torcedores antes do jogo no estádio Ferenc Puskás, em Budapeste, na Hungria, a final da Liga Europa teve um gol em cada tempo. Na etapa incial, o atacante argentino Dybala aproveitou uma trama entre Cristante e Mancini, recebeu a bola na entrada da área do Sevilla e finalizou rasteirinho para balançar a rede do goleiro marroquino Bono. A torcida da Roma soltava o grito na garganta aos 34 minutos. O time espanhol quase empatou em um chute na trave do meia croata Rakitic.

Coadjuvante no lance do gol de Dybala, Mancini virou protagonista da decisão na etapa final ao marcar um gol contra. O arisco Jesús Navas iniciou a jogada e cruzou a bola para a área em busca de En-Nesyri. Atabalhoado, Mancini, uma das três torres da defesa de José Mourinho, tomou a frente do centroavante e colocou a bola dentro do gol de Rui Patrício.

O Sevilla teve um pênalti do zagueiro Ibañez em Ocampos assinalado pelo árbitro inglês Anthony Taylor, porém o lance foi anulado pelo compatriota dele, Stuart Attwell, responsável pela Arbitragem de Vídeo (VAR) na decisão da Liga Europa.

Depois de uma prorrogação insossa com direito a 42 minutos em vez dos 30, o Sevilla foi mais competente na decisão por pênaltis. Mancini e Ibañez erraram cobranças. O goleiro marroquino Bono pegou a cobrança do brasileiro. Ocampos, Lamela, Rakitic e o iluminado Montiel acertaram. Detalhe: o argentino havia errado a cobrança, mas o árbitro mandou voltar sob alegação de que Rui Patrício se adiantou. Montiel bateu de novo e repetiu o que fez na final da Copa do Mundo do Catar. Em Lusail, decretou o tri da Argentina. Em Budapeste, o hepta do Sevilla.