O presidente da La Liga, Javier Tebas, se pronunciou pela primeira vez nesta quarta-feira (24/5) após os tuites polêmicos dele em resposta ao desabafo de Vinícius Júnior nas redes sociais depois de sofrer com ataques racistas no estádio do Valência, no domingo (21/5).
Logo após o jogo entre Valência e Real Madrid, em que uma parte do estádio entoou cantos racistas contra Vinícius, o jogador foi as redes sociais criticar a La Liga e recebeu uma resposta dura do presidente da instituição ao afirmar que as acusações de Vini são exageradas.
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Em uma réplica, Vini criticou a atitude de Tebas de não repudiar os racistas e atacá-lo. "Mais uma vez, em vez de criticar racistas, o presidente da La Liga aparece nas redes sociais para me atacar. Por mais que você fale e finja não ler, a imagem do seu campeonato está abalada. Veja as respostas do seus posts e tenha uma surpresa... Omitir-se só faz com que você se iguale a racistas. Não sou seu amigo para conversar sobre racismo. Quero ações e punições. Hashtag não me comove", afirmou o brasileiro nas redes sociais.
A postagem também foi contestada por Tebas que voltou a dizer que nem a Espanha ou a La Liga são racistas.
Agora, em entrevista ao ge, Javier Tebas voltou atrás e disse que a intenção dele não foi aquela. "Mesmo que minha intenção não fosse essa, mas as pessoas pessoas entenderam outra coisa, quer dizer que não fui claro. É dizer que me equivoquei: se não era a minha intenção, tenho que pedir desculpas e perdão, por esse tuíte".
Ele também ressaltou que não querem que Vini deixe a La Liga e que tem entrado na Justiça "há muito tempo" sobre o caso. "Se o tuíte gerou má interpretação, e seguramente isso aconteceu, porque muita gente interpretou de outra forma, tenho que pedir desculpas. Nada mais", pontuou também.
Na entrevista, ele também comentou sobre o movimento da La Liga de querer ter mais direitos punitivos nestes casos. Atualmente, a organização pode apresentar denúncias sobre os casos mas a ação de punição esportiva cabe a Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
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"Claro que tomamos medidas. Mas nem sempre elas atendem todas. Por isso estamos pedindo mais competências. Estou convencido de que se tivéssemos mais competências, em um período de meses terminando com esses problemas", afirmou.