A Polícia Federal vai investigar a denúncia de que jogadores de grandes clubes de futebol brasileiros atuaram, em conluio com criminosos, para manipular resultados de apostas esportivas on-line. A determinação para que a corporação atue no caso partiu do ministro da Justiça, Flávio Dino. De acordo com ele, existem indícios de que o esquema envolve atletas de vários estados — o que adentra a jurisdição da PF.
O suposto esquema foi alvo da Operação "Penalidade Máxima", conduzida pelo Ministério Público de Goiás. As investigações apontam que jogadores combinavam lances para favorecer apostadores que pagavam propina. Em uma das situações, por exemplo, um jogador combinou de cometer uma falta, para levar um cartão amarelo.
O apostador, então, aplicou dinheiro no site de apostas descrevendo este lance, como se fosse uma previsão. Quando o fato se concretizou, o apostador multiplicou o valor que tinha utilizado para apostar. De acordo com informações obtidas pelos investigadores, cerca de 100 jogadores podem estar envolvidos, sendo que 16 já foram denunciados.
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Os valores pagos aos atletas que aceitavam participar do esquema girava entre R$ 40 mil e R$ 100 mil. Uma planilha de pagamentos obtida pelos investigadores inclui nomes de atletas como Vitor Mendes, Nino Paraíba, Paulo Miranda e de jogadores de outros países, como o equatoriano Realpe, o uruguaio Jesus Trindade, além de Max Alves, ex-Flamengo, o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-América-MG (hoje no Santos); o volante Richard, do Cruzeiro, entre outros.