Justiça

Matheus França entra na lista de jogadores com problemas na CNH; confira

Atacante do Flamengo teve fraude apontada pelo Detran fluminense nesta terça-feira (9/5), onde presença em prova prática para tirar a carteira de motorista teria sido comprovada enquanto atleta disputava partida da Libertadores

A rotina de um jogador, intensa por natureza, pode privar um atleta de outras questões pessoais na vida. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para boa parte dos brasileiros ainda não habilitados, também é um sonho, como foi para o atacante flamenguista Matheus França, em 2022, ainda que em um contexto curioso.

Nesta terça-feira (9/5), o Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ), enviou um relatório com irregularidades na frequência do jogador em provas práticas. Em 2 de agosto de 2022, primeiro dia de exames, o atleta estava em São Paulo para a disputa da partida contra o Corinthians, pela Libertadores, mas teve presença marcada. O caso está com a polícia civil carioca, após a apresentação do documento acusatório à 42ª Delegacia de Polícia, localizada no Recreio dos Bandeirantes, na capital fluminense.

Considerando o elenco atual, este é o segundo caso entre os rubro-negros. Em março de 2020, o atacante Bruno Henrique apresentou uma CNH falsa em uma blitz de lei seca, também no Rio de Janeiro. Na ocasião, o camisa 27 do Fla pagou uma multa pela apresentação irregular, além de ter se recusado a fazer o teste do bafômetro.

O atacante Malcom, em 2015, à época no Corinthians, também passou por problemas, após ser acusado de obter o documento em 20 dias, em uma fraude envolvendo quase cinco mil pessoas, descoberta pelo Detran paulista. O atleta negou que tenha comprado a própria carteira, tendo provado a inocência após a suspensão da licença.

Um ídolo alvinegro também passou por problemas deste tipo, ainda que depois de pendurar as chuteiras. Marcelinho Carioca teve a CNH apreendida em abril deste ano por uma dívida de R$ 160 milhões com o Hospital Sírio-Libanês, em determinação da Justiça. O passaporte do antigo camisa 7 corintiano também ficou em posse das autoridades.

Bola e volante: uma mistura nem sempre agradável

Para além dos trâmites de emissão e manutenção do documento, ter a posse de um volante pode se tornar um problema em caso de imprudência. Casos com jogadores também têm sua recorrência, sendo o mais recente deles envolvendo o zagueiro Renan, emprestado pelo Palmeiras ao Bragantino em 2022, quando matou um motociclista de 38 anos na Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira, em Itatiba, no interior de São Paulo.

Outro caso latente foi o do lateral-direito Marcinho que, em 2020, jogando no Botafogo, matou um casal de professores na Avenida Lúcio Costa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, sem prestar socorro às vítimas. O atleta pagou R$ 200 mil em indenização à família dos docentes.

Além destes, casos como o do ex-goleiro Edinho, do Santos, envolvido na morte de uma pessoa em um racha na Avenida Epitácio Pessoa, em 1992, do ex-atacante Edmundo, em 1995, resultando na morte de três pessoas, no Rio, e do ex-atacante Guilherme, em 2002, com a morte de duas pessoas na cidade paulista de Marília têm evidência histórica. Futebol e condução de automóvel têm costumeiros casos juntos, criados em uma cultura de impunidade aos autores de tais episódios.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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