FUTEBOL

Carreira de Eduardo Barroca é marcada por idas e vindas; relembre

Atual dono da prancheta do Ceará foi campeão da Copa do Nordeste pelo clube com aproveitamento nulo: um jogo e uma derrota. Lembramos como foram os outros trabalhos dele

Campeão da Copa do Nordeste pela terceira, o Ceará encerrou o jejum de quase três anos sem títulos com a vitória nos pênaltis sobre o Sport Recife, por 4 x 2, na última quarta-feira (3/5). A comemoração tricampeonato regional, porém, carrega um dado curioso a respeito do técnico Eduardo Barroca.

Contratado para resolver os problemas da equipe no início da Série B do Campeonato Brasileiro e na Copa do Nordeste, Eduardo Barroca conseguiu a façanha de levantar um caneco com um aproveitamento nulo com a prancheta alvinegra. Contrariando a lógica de um esporte imprevisível, Barroca tem um jogo, uma derrota e um título.

O treinador de 41 anos herdou o boné do paraguaio Gustavo Morínigo, que comandou o Vozão em 24 partidas e não sustentou a pressão no cargo. Barroca chegou para arrumar a casa. É um dos comandantes da nova safra brasileira. A carreira dele ainda é modesta e segue em evolução. A seguir, o Correio relembra a trajetória de um treinador que está apenas no início do sétimo trabalho como profissional.

Botafogo

A carreira-solo de Eduardo Barroca à beira do gramado começou em 2019. À época, havia deixado o elenco sub-20 do Corinthians para guiar o Botafogo na fuga da degola. Foi um primeiro trabalho tímido, de 176 e 27 partidas. O aproveitamento foi negativo, com 10 vitórias, três empates e 14 derrotas. O desempenho resultou no rompimento do vínculo.

Atlético-GO

Do Rio de Janeiro seguiu para Goiânia, onde se tornou o responsável pela prancheta do Atlético-MG. Se a passagem no Botafogo havia sido relâmpago, no lado rubro-negro da capital goiana a jornada foi ainda mais modesta. Ficou 45 dias no cargo, com apenas 22 jogadores. O desempenho, porém, melhorou, com três vitórias, cinco partidas e apenas uma derrota em nove jogos.

Coritiba

Apesar dos bons números pelo Dragão, Barroca não escapou da crise. Saiu após conquistar apenas uma vitória nos últimos 10 compromissos. Do Centro-Oeste, em 2020, rumou para o Sul. Assumiu a responsabilidade de guiar o Coritiba em meio à pandemia de covid-19. Pelos lados do Couto Pereira, teve desempenho razoável com 11 triunfos, oito tropeços e três empates.

Vitória

Após não resistir a seis derrotas consecutivas no Coxa Branca, Barroca foi demitido e rumou para o Vitória. Por lá, comandou a equipe durante parte da campanha na segunda divisão, obtendo o histórico de uma vitória, cinco empates e três derrotas. Superando o tempo de trabalho em Goiânia por apenas 4 dias, o período vivido no Vitória marca o segundo trabalho mais curto da carreira.

Retorno ao Bota

Chamado para retornar ao Botafogo após menos de um ano da primeira passagem, o segundo capítulo de Barroca no Rio de Janeiro pode ser tranquilamente considerado o pior trabalho da carreira dele. Afinal, somou apenas quatro pontos de 30 disputados, além de ter levado a equipe ao rebaixamento para a Série B do Brasileiro. Em 10 jogos, a equipe que contava com os craques internacionais Salomon Kalou e Keisuke Honda foi derrotada oito vezes.

Nova experiência pelo Dragão

Após três meses desempregado, Barroca optou por mais um reencontro. Desta vez, com o Atlético-GO, 2021. Embora não tenha tido um retrospecto positivo, com sete vitórias, 11 empates e sete derrotas, a equipe goiana terminou a disputa na elite acima do espero, com a 9ª colocação. A campanha ainda contou com aquela marcante vitória, na primeira rodada do Brasileirão, quando derrotou o Corinthians por 1 x 0 em plena Neo Química Arena.

Avaí

Ao deixar o Dragão, o treinador arrumou as malas para Florianópolis em 2022. A experiência pelo Avaí, inclusive, foi a mais longa da carreira de Eduardo Barroca. Pelo clube da Ressacada, passou 209 dias à frente da equipe, à beira do gramado por 34 jogos, com oito vitórias, 10 empates, e 16 derrotas. Foi um desempenho abaixo na temporada que culminou com mais um rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.

Bahia

No último trabalho antes de assumir o Ceará, Barroca foi parar no Bahia. No Retornou ao Tricolor após nove anos, quando foi auxiliar. O desempenho, ainda que breve, deu frutos à equipe. Em seis jogos, acumulou duas vitórias, quatro empates e se orgulha de não ter sido derrota nenhuma vez.

*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini