Depois de mais de três décadas aguardando para soltar o grito de campeão italiano, a espera do Napoli pelo momento de glória nacional chegou ao fim. Após bater na trave com os vices em 2012/13, 2015/16, 2017/18 e 2018/19, agora, o troféu mais importante da Itália não escapou das mãos napolitanas. Nesta quinta-feira (4/5), a equipe comandada por Luciano Spalletti buscou o empate por 1 x 1 na casa da Udinese e encerrou o jejum de 33 anos.
Dono de um recheado currículo, Spalletti montou uma equipe que, desde o começo da temporada, arregalou os olhos do planeta bola Carente de ídolos depois da saída de grandes estrelas nos últimos anos, o dono da prancheta mesclou as contratações pontuais com as peças conhecidas do elenco. Ele pensou em tudo e as encaixou estrategicamente para dar corpo a um time campeão.
O zagueiro sul-coreano Kim Min-Jae, os meias Anguissa e Ndombele, além do achado Khvicha Kvaratskhelia, permitiram a equipe azul do sul da Itália, encantasse com um futebol equilibrado, requintado e, por meses, invencível. A maior recompensa foi o título do Campeonato Italiano, engasgado na gargante dos napolitanos por 33 anos. De quebra, a equipe rompeu a barreira das oitavas de final da Liga dos Campeões pela primeira vez, mas foi eliminada pelo Milan.
O Napoli foi avassalador. A cinco rodadas do fim do Campeonato Italiano, os comandados de Luciano Spalletti nadam de braçadas com os 16 pontos de vantagem para a segunda colocada Lazio (64). Gigantes do país e do continente, como Juventus, Internazionale e Milan, vêm na sequência com a 3ª, 4ª e 6ª colocações, respectivamente.
O homenageado tem nome
Falecido em 25 de novembro de 2020, Diego Armando Maradona é o maior ídolo dos Gli Azzurri. Principal nome da história napolitana, o camisa 10 argentino tem o rosto espalhado por absolutamente todos os cantos de Nápoles e é celebrado até hoje. As exibições arrebatadoras quando vestia azul, além da identificação com o clube, o colocaram em um lugar especial e fizeram o clube rebatizar o estádio San Paolo para Diego Armando Maradona. Agora, a arena está em festa, como há muito tempo não se via.
Maradona é sinônimo de título em Nápoles. Afinal, ele foi o protagonista dos dois títulos nacionais anteriores do Napoli (1986/87 e 1989/90). Absoluta referência técnica, o eterno camisa 10 e dono da braçadeira de capitão também brindou o time com o título inédito da Liga Europa 1988/1989, da Copa da Itália 1986/1987 e da Supercopa da Itália de 1990.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima