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Duelo entre Fluminense e River Plate promete show de camisas 10

A partida mais esperada da fase de grupos pode ser resolvida, hoje, no Maracanã, pelo talento de dois craques do meio de campo. Os camisas 10 Paulo Henrique Ganso e Nacho Fernández são os metrônomos do Fluminense e do River Plate

Respeitável público! O duelo mais aguardado da fase de grupos da Libertadores entra em cartaz, hoje, às 21h, no Maracanã, com todos os ingressos vendidos. Há atrações dentro e à beira do campo. Na quatro linhas, Fluminense e River Plate contam com meias à moda antiga — Ganso e Nacho Fernández, ex-Atlético-MG. Contam, ainda, com goleadores: Germán Cano e Lucas Beltrán.

Se esses ingredientes não forem suficientes, acrescentemos pitadas de tributo ao jogo bonito. Fernando Diniz encanta a crítica com o futebol bonito do Fluminense. Não aquele da derrota por 4 x 2 para o Fortaleza no fim de semana, com um time alternativo poupado justamente para enfrentar o River Plate. A torcida espera ver a melhor versão tricolor em campo com uma exibição no nível apresentado na conquista do Carioca contra o Flamengo.

A plasticidade do futebol tricolor depende dos craques. O maestro Ganso e o artilheiro Cano contarão com a volta do astro Marcelo. O lateral-esquerdo está recuperado de uma lesão na panturrilha. Excelente reforço para um Fluminense em busca da manutenção dos 100% de aproveitamento na Libertadores. Venceu o Sporting Cristal e o The Strongest pelo Grupo D.

No último domingo, Fernando Diniz completou um ano no cargo de técnico do Fluminense. Ganhou dois troféus: a Taça Guanabara e o Carioca, ambos contra o Flamengo, chamado por ele de "maior potência econômica da América do Sul". O duelo de hoje é tão grande quanto. Diante de um tetracampeão da Libertadores que até pouco tempo também encantava sob o comando do ex-técnico Marcelo Gallardo.

A prancheta, agora, pertence ao ex-zagueiro Martin Demichelis, um técnico argentino com perfil alemão. Em 2003, ele saiu do River Plate para defender o Bayern de Munique. Vinte anos depois, retornou ao clube como jovem técnico. Tem 42 anos. Tocava o Bayern B. Assumiu a função em 2019, quando a equipe profissional era comandada pelo croata Niko Kovac. Na sequência viu Hansi Flick e Julian Nagelsmann passarem por lá antes de receber o convite para suceder Gallardo. O antecessor acumulava sete temporadas no cargo.

Demichelis sofre pressão igual ou até mesmo maior do que a de Diniz no Fluminense. Afinal, Gallardo deixou um impressionante legado de 14 títulos na sala de troféus do River.

"Eu me preparei durante cinco anos para ser treinador. Acumulei experiências na Espanha e na Alemanha, também treinei ano passado na Itália. Vou dedicar muito tempo a todos os titulares e reservas", prometeu Demichelis na apresentação ao River Plate. Ele foi até sincerão ao dizer como desejava ver o River Plate nesta temporada: "Posse de bola não lidera a lista de prioridades", avisou logo de cara.