O acerto de contas na cúpula do Bayern de Munique depois de uma temporada turbulenta continuou nesta segunda-feira (29), com o presidente de honra do clube, Uli Hoeness, afirmando que a contratação de Oliver Kahn como diretor-executivo foi um erro.
"Inclusive se tivéssemos ganhado os três títulos, teríamos reagido da mesma forma", declarou Hoeness à revista Kicker, sobre a demissão de Kahn no último sábado (27/5).
Aos 71 anos, o presidente de honra continua sendo a figura mais influente do Bayern como membro do conselho de supervisão, que decidiu demitir Kahn e o diretor esportivo Hasan Salihamidzic.
Ao ser perguntado sobre se foi um erro trazer Oliver Kahn para substituir outro ídolo do clube como jogador, Karl-Heinz Rummenigge, Hoeness respondeu: "Em retrospecto, pode-se dizer que foi o caso".
"A grande decepção é que eu pensei que sua personalidade seria suficiente para ocupar o cargo, mas ao invés disso, ele se cercou de conselheiros" externos, que ajudaram a criar "uma atmosfera catastrófica" dentro do clube, acrescentou.
Kahn, que tinha contrato com o Bayern até o final de 2024, não só foi demitido como também foi proibido de comparecer ao jogo de sábado contra o Colônia, que deu ao time bávaro seu 11º título consecutivo do Campeonato Alemão.
A razão é que o ex-goleiro teria ficado extremamente irritado ao saber de sua demissão.
Nesta segunda-feira, ao jornal Bild, o próprio Kahn negou ter um balanço negativo à frente do clube, justificando os problemas do Bayern com a complicada transição depois da perda do atacante polonês Robert Lewandowski e da saída de Rummenigge.
Uma fase de transição "é sempre difícil e erros podem ser cometidos. Mas se a situação atual não é fácil, para mim os muitos resultados positivos superam de longe os negativos", disse Kahn ao Bild.
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