Desprestigiado com as duas maiores torcidas do Brasil, o técnico Vítor Pereira falou pela primeira vez após as experiências à frente de Corinthians e Flamengo. O português deixou o país em abril após a rescisão do contrato com o rubro-negro carioca.
“Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 milhões de torcedores para outro clube com 50 e poucos milhões. São muito milhões (risos), com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil. Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um bocadinho a conta. Ainda estou a pagar um bocadinho a conta”, disse, durante evento em Portugal.
Vítor Pereira mencionou desgaste e falou sobre os próximos planos para a carreira. “Vou descansar, preciso de descansar. O futebol é uma paixão, mas, ao mesmo tempo, é uma droga. Eu hoje estou bem sem ele, estou a precisar de parar um bocadinho, mas tenho a certeza de que daqui a dois meses começo a ter dificuldade em viver sem ele”, ressaltou.
“É muito desgastante porque são viagens constantes, são jogos uns atrás dos outros, a cada três dias, o campeonato é extremamente difícil. Antes de lá chegar não tinha bem a noção. Ouvia dizer, mas não percebia. É muito difícil e muito competitivo. É sair de 30 para 15 graus, andar em viagens que são quase entre continentes”, comentou.
Vítor Pereira comandou o Corinthians em 64 partidas, com 26 vitórias, 21 empates e 17 derrotas. Guiou a equipe paulista às quartas de final da Libertadores e ao vice-campeonato da Copa do Brasil. Deixou o clube alegando problemas pessoais e fechou com o Flamengo em dezembro. Viveu período conturbado no Rio de Janeiro, com as perdas dos títulos da Supercopa do Brasil para o Palmeiras, a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca para o Fluminense, além da Recopa para o Independiente del Valle.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.