A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu, na noite desta quarta-feira (10/5), o primeiro comunicado oficial sobre os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Na nota, a entidade máxima do futebol brasileiro se colocou à disposição das autoridades para dar apoio o necessário nas investigações e ressaltou não haver possibilidade de suspender as Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Conforme o possível envolvimento de jogadores no escândalo foi sendo divulgado, surgiu nas redes sociais uma notícia falsa sobre uma possível paralisação do Brasileirão. Mesmo assumindo dano à imagem da competição nacional, o presidente Ednaldo Rodrigues rechaçou interromper o torneio. A apuração inicial do MP-GO indica fraudes em nove partidas realizadas em 2022 (oito da Série A, uma da Série B) e quatro de campeonatos estaduais disputados na atual temporada.
Rodrigues elogiou as sanções aplicadas pelos clubes a atletas envolvidos, como o afastamento das atividades com os elencos. "Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial", ressaltou Ednaldo. O mandatário prometeu, ainda, organizar ações em conjunto com a Fifa para debater uma resolução definitiva para o problema.
"Venho trabalhando em conjunto com a Fifa, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol", destacou. Desde 2022, inclusive, a CBF possui contrato com a empresa Sportradar Integrity Services, especializada em monitorar e supervisionar jogos de futebol para evitar qualquer risco de manipulação de resultado.
Apoio à investigação
No âmbito da apuração das suspeitas, a CBF pediu o apoio da Polícia Federal (PF). Ednaldo Rodrigues enviou ofício endereçado à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que os federais entrem em ação. O objetivo, segundo a entidade, é centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. Na noite desta quarta-feira (10/5), o ministro Flávio Dino determinou a instauração de um inquérito contra a máfia de apostas.
Conforme a nota oficial divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a entidade se colocou à disposição das autoridades para auxiliar na apuração da Operação Penalidade Máxima. Em 7 de março, houve um encontro na sede da entidade, no Rio de Janeiro, com a participação de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do Brasil, além do Conselho Nacional do Ministério Público e de membros da CBF.
A entidade, agora, aguarda o desenrolar da apuração do caso envolvendo a manipulação de jogos do futebol brasileiro. "A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente", garante.
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