Mundial de Judô

Brasileiras caem em fases médias do peso leve no Mundial de Judô

Campeã olímpica em 2016, Rafaela Silva perde contra turca na estreia. Jéssica Lima caiu uma etapa adiante, contra lutadora canadense. Algozes das brasileiras se enfrentaram na repescagem

Paulo Martins*
postado em 09/05/2023 14:02
Com outras potências secundárias do judô batendo o Brasil, países como o Canadá de Jessica Klimkait (E) e a Turquia (D) de Hasret Bozkurt tiram a chance de medalhas dos brasileiros e brasileiras no Mundial, ainda nulos em 2023 -  (crédito:  AFP)
Com outras potências secundárias do judô batendo o Brasil, países como o Canadá de Jessica Klimkait (E) e a Turquia (D) de Hasret Bozkurt tiram a chance de medalhas dos brasileiros e brasileiras no Mundial, ainda nulos em 2023 - (crédito: AFP)

O Brasil seguiu com atuações dignas nesta terça-feira (9/5), no terceiro dia do Mundial de Judô, disputado em Doha, no Catar. Apenas as brasileiras entraram no tatame no peso leve, com limite até 57 kg, contando com zebra em estreia por parte da campeã olímpica Rafaela Silva e bom campeonato de Jéssica Lima.

A vencedora da medalha de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, tinha posição privilegiada, entrando já na segunda fase, pelo tatame A. Ali, enfrentou a turca Hasret Bozkurt, que havia vencido a letona Anastasija Sokirjanska na etapa inicial. A luta durou menos de três minutos, e a competidora número 61 do mundo bateu Rafaela por um ippon.

O bom rendimento do dia ficou a cargo de Jéssica, quem ingressou desde a primeira luta, no tatame D, vencendo a tcheca Vera Zemanova, por dois waza-ari. Na segunda fase, o triunfo foi sobre a kosovar Flaka Loxha, com um waza-ari e com duas punições da adversária a favor. A queda viria na semifinal da divisão, com a xará canadense Jessica Klimkait, número 3 do ranking mundial, onde um waza-ari foi suficiente para a derrota.

As carrascas das brasileiras tiveram cruzamento na chave de repescagem, após resultados distintos na disputa interna de cada tatame. Enquanto Bozkurt venceu sua chave e caiu nas semifinais gerais para a japonesa Haruna Funakubo, enfrentando Klimkait, vice no grupo para Enkhriilen Mgllkhagvatogoo, da Mongólia. A canadense venceu a disputa e levou a medalha de bronze.

Os próximos passos brasileiros

Nesta quarta-feira (10/5), quatro lutadores brasileiros vão à luta, no peso meio-médio, com limite de 63 kg para o feminino e 81 kg para o masculino. Gabriella Moraes é a única a estrear na primeira fase, pelo tatame C, ao enfrentar a sul-coreana Kim Jijeong, em chave de acesso para duelo contra a canadense Catherine Beauchemin-Pinard. Ketleyn Quadros, está no tatame B e aguarda a portuguesa Bárbara Timo ou a austríaca Magdalena Krrsakova.

No masculino, Guilherme Schmidt aguarda um rival no tatame B, sendo este Adam Kopecky, da República Tcheca, ou Timo Cavelius, da Alemanha. Eduardo Santos é outro a esperar pelo rival da estreia, pelo tatame D, podendo enfrentar o português João Fernando ou o cazaque Abylaikhan Kazzhubanazar. Este é o dia com maior presença brasileira na competição.

O peso médio tem estreia na quinta-feira (11/5), com lutas de Rafael Macedo e Giovani Ferreira, com limite de até 90 kg. Ambos estreiam na primeira fase: contra Tristani Espmosakhlishvili, da Espanha, pelo tatame B, e diante do sérvio Darko Brasnjovic, pelo tatame D, respectivamente.

Além disso, na sexta-feira (12/5), Rafael Buzacarini e Leonardo Gonçalves lutam pelo peso meio-pesado masculino, até os 100 kg, sendo as únicas atrações nacionais do dia. No sábado (13/5), será a vez de Beatriz Souza nos pesos pesados femininos, acima de 78 kg, bem como João Cesarino e Rafael Silva na mesma pesagem masculina, acima dos 100 kg. O campeonato fecha no domingo (14/5), com os brasileiros Luana Carvalho e Gabriel Falcão na prova por equipes.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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