Confira a estreia brasileira no Mundial de Judô e a sequência no torneio

Brasil teve resultados expressivos no peso ligeiro feminino e no peso meio-leve masculino, mas ainda segue sem medalhas. Confira o cronograma restante do campeonato

Paulo Martins*

postado em 08/05/2023 14:29 / atualizado em 08/05/2023 16:49

A francesa Blandine Pont, de branco, derrotou a brasileira Amanda Lima, de azul, nas quartas de final do peso ligeiro do Mundial de Judô, na melhor participação do Brasil nos dois dias iniciais - (crédito: AFP)

Com começo no último domingo (7/5), o Campeonato Mundial de Judô 2023, realizado em Doha, no Catar, já teve brasileiro entrando nos tatames. Em um calendário programado de acordo com o peso para cada dia, as categorias ligeiro e meio-leve tiveram participação nacional no Oriente Médio, avançando a etapas agudas da competição.

No ligeiro feminino, modelo até 48 kg, Amanda Lima fechou a disputa com o sétimo lugar, no primeiro dia de competição. No tatame D, das fases iniciais, a brasileira começou com triunfo contra a guatemalteca Jacqueline Solis, por ippon e, em seguida, precisou utilizar todo o relógio para superar a portuguesa Catarina Costa, número 6 no ranking mundial, por um waza-ari. Antes da decisão grupal, Amanda venceu Narantsetseg Ganbaatar, no golden score.

Na final da chave, correspondente às quartas de final do certame, veio a queda diante da francesa Blandine Pont, por três faltas com cartão amarelo, forçadas pela defesa da rival. Em seguida, Pont cairia contra a campeã do peso, a japonesa Natsumi Tsunoda. Com isso, dependerá de subir do 24º lugar no ranking para entrar entre os 18 judocas que o Brasil levará para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. No tatame A, por sua vez, Natasha Ferreira caiu na estreia em mundiais para a tcheca Tereza Bodnarova.

Entre os competidores masculinos do meio-leve, modalidade até 66 kg, Willian Lima fechou o certame no nono lugar, observando a 11ª posição na classificação de sua categoria. No tatame A, teve sua estreia apenas na segunda rodada, uma vez que o barenita Ramazan Kodzhakov ultrapassou a medida da pesagem: então, coube ao brasileiro superar Nurali Emomali, do Tadjiquistão, por um waza-ari, antes do limite de cartões ser extrapolado pelo rival.

Nas semifinais da chave, correspondente às oitavas do torneio, perdeu para o francês Walide Khyar, no golden score. O vencedor pararia nas semifinais gerais para o vencedor da medalha de ouro, o japonês Hifumi Abe, em disputa finalizada na tarde desta segunda-feira (8/5).

O que vem por aí

Apenas as judocas nacionais vão à luta nesta terça-feira (9/5), com destaque para a campeã olímpica Rafaela Silva, acompanhada de Jéssica Lima, na categoria leve, até 57 kg. O ranking privilegia a vencedora do judô nos Jogos do Rio, em 2016, com a estreia na segunda etapa do tatame A, contra a vencedora da luta entre Anastasija Sokirjanska, da Letônia, e Hasret Bozkurt, da Turquia. Jéssica, por sua vez, começa na primeira fase do tatame D, contra Vera Zemanova, da República Tcheca.

Na quarta-feira (10/5), quatro lutadores brasileiros competem. No peso meio-médio, com limite de 63 kg para o feminino e 81 kg para o masculino, apenas Gabriella Moraes tem estreia na primeira fase, pelo tatame C, para encarar a sul-coreana Kim Jijeong e tentar enfrentar a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, em seguida. Ketleyn Quadros, no tatame B, além de Guilherme Schmidt, no tatame B masculino, e Eduardo Santos, no tatame D da mesma disputa, aguardam os rivais da estreia.

O peso médio tem estreia na quinta-feira (11/5), com lutas de Rafael Macedo e Giovani Ferreira, com limite de até 90 kg. Na sexta-feira (12/5), pelo peso meio-pesado, Rafael Buzacarini e Leonardo Gonçalves disputam no masculino, até os 100 kg, e no sábado (13/5) Beatriz Souza disputa os pesos pesados, acima de 78 kg, bem como João Cesarino e Rafael Silva, acima dos 100 kg no masculino. O domingo (14/5) ainda tem a prova por equipes, com as participações de Luana Carvalho e Gabriel Falcão.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima