Dez vezes campeão de campeonatos nacionais espalhados pelo planeta, o técnico espanhol Pep Guardiola pode ser facilmente considerado um expert no quesito levantar taças de torneios no modelo de pontos corridos. O atual treinador do Manchester City, inclusive, defende uma tese: o título é conquistado apenas nas oito rodadas finais, mas pode ser perdido nas oito primeiras. Líder da Série A do Campeonato Brasileiro com 100% de aproveitamento em metade deste recorte, o Botafogo vem colocado a teoria em prática. Ontem, o alvinegro manteve a boa sequência na competição nacional ao bater o Atlético-MG, no Estádio Nilton Santos, por 2 x 0.
A sequência positiva na largada do torneio mais disputado do calendário brasileiro é uma boa notícia não só pelo efeito prático, mas também pelo moral. A cada rodada, o Botafogo aumenta a melhor série inicial do clube na história dos pontos corridos, iniciada no Brasil em 2003. Em 2007 e 2012, o Glorioso ganhou as duas primeiras e tropeçou no terceiro confronto. Com o andar da carruagem, ficou muito longe da disputa pelo título. Na melhor participação no modelo de disputa, em 2013, o alvinegro chegou aos 12 pontos somente na sexta rodada. Ou seja, as quatro vitórias em 2023 (duas delas sobre Flamengo e Atlético-MG, times apontados como favoritos), são motivos suficientes para o torcedor se empolgar.
Ontem, o alvinegro voltou a ter uma atuação dominante. No Nilton Santos, o time carioca poupou jogadores desgastados e, mesmo assim, conseguiu dominar de maneira imponente o Atlético-MG. A atuação, inclusive, foi uma das melhores do Botafogo no Campeonato Brasileiro. No primeiro tempo, o atacante Victor Sá marcou um belo gol de calcanhar. Na etapa final, o garoto Matheus Nascimento coroou a excelente apresentação coletiva da equipe do técnico português Luís Castro.
Substituto no banco de reservas após a expulsão de Castro contra o Flamengo, o auxiliar Vítor Severino rechaçou ter colocado em campo um time alternativo. "Não há equipe reserva. Há um fato de que existem jogadores que jogam mais que outros, alguns têm sido mais utilizados, mas temos um regime de meritocracia. Se há um jogador com rendimento, consegue ter performance, dentro dessas escolhas, uns jogam mais que outros. É óbvio que, diante de uma vitória, pode parecer arrogante da minha parte, mas já falamos em derrotas. Usamos a equipe que poderíamos ter a melhor performance", ressaltou o profissional.
Severino também falou sobre a liderança, inesperada por muitos. "Ninguém previa porque ninguém fazia esse tipo de trabalho. Jogamos jogo a jogo. Correndo tudo bem, é consequência ficar no primeiro lugar. É surpresa para algumas pessoas, não vou dizer que tínhamos previsto isto mas sabemos da qualidade que temos. Nesse momento, queremos consolidar a qualidade da forma de atuar", pontuou.
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