O meia James Rodríguez parecer viver de inconstâncias. De destaque e artilheiro da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, passou a escanteado das grandes equipes e está novamente livre no mercado. Dispensado em 13 de abril pelo Olympiacos, da Grécia, o colombiano de 31 anos recusou proposta do Botafogo e tenta dar a volta por cima no futebol europeu.
James Rodríguez caiu de produção desde as atuações de gala na versão brasileira da Copa do Mundo. Não fez valer o investimento de 75 milhões de euros do Real Madrid e foi emprestado ao Bayern de Munique em 2017. Retornou ao clube merengue sem prestígio e foi negociado com o Everton a custo zero, em 2020. No ano seguinte, trocou a Inglaterra pelo Catar. No deserto catari, também não convenceu e se transferiu para o Olympiacos. A história na Grécia não durou um ano completo.
Agora, James aguarda ofertas convincentes. O Botafogo foi atrás. O dono das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) alvinegra, John Textor, tocou o negócio. James é um sonho de consumo do norte-americano. O magnata ofereceu salário de R$ 1,5 milhão, mas obteve a recusa. O posicionamento de James Rodríguez, entretanto, traz um questionamento: o colombiano está em momento bom suficiente para escolher tanto o próximo clube?
A queda de rendimento de James Rodriguez vem desde o Real Madrid, mas foi na Inglaterra que a decepção ficou evidente. James não lidou bem com a troca no comando da equipe, quando Carlo Ancelotti retornou ao Real Madrid e deu lugar a Rafael Benítez. O colombiano, inclusive, coleciona desavenças com o comandante, com quem trabalhou nos Galáticos.
No lado azul de Liverpool, James Rodríguez demonstrou sérios problemas de disciplina e de comprometimento com a equipe. O meia chegou a declarar durante uma live que não tinha conhecimento nem mesmo do calendário de jogos do Everton. Revelou, ainda, que o desempenho no treino era constantemente criticado pelo treinador Rafa Benítez. O desfecho não poderia ser outro. Vinte e seis partidas depois da chegada, foi vendido ao Al-Rayyan por 8 milhões de euros.
A mudança de ares, porém, não surtiu efeito. Os casos de indisciplina e falta de comprometimento contra ele seguiram. Em uma partida da liga nacional do Catar, precisou ser contido pelos companheiros para não agredir o árbitro após marcação de falta e punição com o cartão amarelo. A peregrinação pelo Catar foi curta: disputou apenas 16 partidas pelos gramados do Oriente Médio.
O retorno à Europa era a esperança de um recomeço. O Olympiacos poderia ser o palco para isso. Contudo, James não abraçou a oportunidade. Após ótimo começo, voltou a demonstrar insatisfação e indisciplina. Faltou um dos treinos por não gostar de ter sido substituído no clássico contra o Panathinaikos no dia anterior. A atitude não agradou os dirigentes, que optaram pelo rompimento.
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.