JUSTIÇA

AGU endossa punições a Wallace e à Confederação de Brasileira de Vôlei

Instituição manifestou apoio à decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que aumentou de 90 dias para cinco anos a suspensão de Wallace e cortou verbas da CBV

Victor Parrini
postado em 02/05/2023 17:14 / atualizado em 02/05/2023 19:10
 (crédito: Agência i7/Sada Cruzeiro)
(crédito: Agência i7/Sada Cruzeiro)

A Advocacia-Geral da União (AGU) manifestou apoio à decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que aumentou de 90 dias para cinco anos a suspensão de Wallace e cortou verbas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). As sanções acontecem após o oposto ter entrado em quadra e ter sido campeão da Superliga Masculina de Vôlei pelo Cruzeiro, na decisão sobre o Minas, no último domingo (30/4).

Em janeiro, Wallace fez um enquete nas redes sociais, na qual sugeria que o presidente da República Luiz Inácio "Lula" da Silva levasse um "tiro na cara". O atleta foi punido com o afastamento de 90 dias das quadras pelo Conselho de Ética do COB, mas obteve recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Dessa forma, o oposto atuou na decisão e contrariou a entidade olímpica. 

Na avaliação do Conselho de Ética do COB, a decisão era soberana e não passível de recurso. A escalação de Wallace na decisão da Superliga prejudicou a própria entidade que rege a modalidade no Brasil. Caso confirmada pelo COB, a CBV ficaria mpossibilitada de angariar recursos financeiros e materiais, que podem refletir em quadra. A princípio, o Brasil não poderia se inscrever atletas no Pré-Olímpico masculino e feminino da modalidade, entre setembro e outubro. O cenário da base e do vôlei de praia também seria prejudicado.

Confira a nota da AGU

A Advocacia-Geral da União (AGU) manifesta integral apoio à decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB) de aplicar novas penalidades à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), seus dirigentes e a Wallace de Souza após o descumprimento de suspensão imposta pela entidade esportiva ao atleta.

A AGU ingressou com representação por infração ético-disciplinar junto ao COB após Wallace Souza promover enquete em plataforma digital sobre “dar um tiro na cara” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 31 de janeiro deste ano. Assim como a entidade olímpica, a Advocacia-Geral entende que atletas devem manter conduta responsável e zelosa dentro e fora das quadras, pelo exemplo e fonte de inspiração que representam para milhares de pessoas, em especial para novas gerações. Tal fato é ainda mais notório no ambiente digital, onde atletas alcançam uma audiência muito maior que o cidadão comum, justamente em virtude de seu sucesso desportivo.

AGU também acredita que o incentivo ao ódio e à intolerância não podem ser relativizados ou normalizados, sob pena de se fomentar um ambiente fértil para a reprodução de atos violentos e criminosos que merecem o mais absoluto repúdio, não só das instituições públicas e entidades ligadas ao esporte, mas de toda a sociedade. É na direção contrária, da paz, que se almeja sempre caminhar.

Por fim, a AGU realizará o acompanhamento e auxiliará o cumprimento, no que couber, dos aspectos da decisão do CECOB que envolvem medidas a serem tomadas pelos órgãos da administração pública federal.

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