Pelo segundo ano seguido, a decisão da Superliga Masculina de Vôlei é inteiramente mineira. Neste domingo (30/4), às 10h, Cruzeiro e Minas voltam a decidir o campeonato, desta vez em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na Arena Farma Conde. Primeiro e terceiro melhores times da fase inicial, os arquirrivais de Belo Horizonte batalham em um clima de revanche.
Na final da temporada 2021/2022, definida em três jogos, a Raposa levou a melhor com jogo em três sets a zero em plena Arena UniBH, casa do Minas, para se consagrar campeão. Agora, a chance do troco é em jogo único, após determinação do regulamento do campeonato, trazendo um enredo com um desejo de ter um final feliz para a equipe.
Após superar o Sesi/São Paulo e o Suzano, a final dá a chance de levantar o troféu pela primeira vez desde 2001/2022, com mais de duas décadas sem a maior glória nacional. Para o maior campeão da história do vôlei brasileiro, acabar com a fila se trata, além de um objetivo, de uma emoção importante, sobretudo depois de seis vice-campeonatos, incluindo os dois últimos.
Do outro lado, se encontra o maior campeão da Superliga em seu formato moderno, desde a temporada 1994/1995. Após o pentacampeonato consecutivo entre 2013/2014 e 2017/2018, o heptacampeonato veio justamente no clássico, coroando o atual dono das quadras do Brasil, com o objetivo de reduzir a uma unidade a diferença para os rivais no quadro histórico de maiores vencedores do país.
O Cruzeiro vem em um ano arrasador: fez uma campanha próxima à perfeição na primeira fase e despachou Apan e os donos da casa da final, o São José, para alcançar mais uma decisão. Entretanto, um detalhe pode fazer a diferença: temendo uma punição por parte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o time celeste ainda pensa na escalação do oposto Wallace.
O atleta havia sido suspenso pelo Comitê de Ética da entidade por 90 dias, devido a publicação do jogador contra o presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva em uma rede social, insinuando seu assassinato. Entretanto, o campeão olímpico pelo Brasil está livre para jogar devido a uma liminar emitida pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a favor do jogador. O COB declarou que a entrada do atleta em quadra poderia acarretar em “gravíssimas sanções” contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima