O São Paulo decidiu, em reunião na tarde desta quarta-feira (19/4), pela demissão do técnico Rogério Ceni. A situação e as atuações recentes do tricolor não mantiveram o profissional no cargo apesar do triunfo sobre a Academia Puerto Cabello, nesta terça-feira (18/4), por 2 x 0, pelo Grupo B da Copa Sul-Americana, onde o time se encontra invicto.
Em meio a uma conturbada temporada em 2023 e sem conseguir voltar à Libertadores em 2022 — via Brasileirão e Sul-Americana, onde foi vice-campeão — o treinador cai com números pouco expressivos para as pretensões são-paulinas em sua segunda passagem como dono da prancheta do clube. Desde outubro de 2021, foram 107 jogos, com 50 vitórias, 29 empates e 28 derrotas, um 55,7% de aproveitamento.
Após a queda para o Água Santa, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, Ceni teve um episódio complicado com o meio-campista Marcos Paulo. O comandante constrangeu o jogador em meio a todo elenco após acreditar que uma publicação em uma rede social, feita pelo atleta, continha uma indireta contra o próprio técnico.
O clube emitiu uma nota de agradecimento, logo do anúncio da demissão. Em uma postagem nas redes sociais, o Tricolor agradeceu à comissão técnica demitida junto de um de seus maiores ídolos enquanto jogador: "O São Paulo Futebol Clube destaca que está sempre de portas abertas para o ídolo Rogério Ceni, embora os caminhos profissionais sigam direções diferentes no momento", descreveu o perfil oficial.
Rogério volta a sair do clube onde teve a primeira experiência à frente de um time profissional. Em 2017, com um ar de interino, o ex-goleiro esteve à beira do campo em 13 jogos, vencendo apenas três desses. Depois disso, teve passagens por Fortaleza (duas vezes, incluindo um título da Copa do Nordeste), Cruzeiro e Flamengo, onde foi campeão brasileiro, até voltar ao Morumbi.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima