No futebol, conhecer o rival é fundamental para obter sucesso. Comandado pelo ex-Bayern Pep Guardiola, o Manchester City fez um jogo sólido e aplicou 3 x 0, na tarde desta terça-feira (11/4), pelo confronto de ida das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, no Etihad Stadium, em Manchester.
Apesar da força aplicada pelos visitantes no segundo tempo e da boa atuação defesniva na primeira etapa, a diferença no ritmo foi fundamental para consolidar uma disparidade tática. Com a queda por goleada, cai o último invicto da edição 2022/2023 da Champions.
O jogo
No ataque e na defesa, a proposta dos ingleses — típica de um time treinado por Pep Guardiola — era a manutenção da posse de bola. Entretanto, frente a um sólido time alemão, chegar ao gol era difícil: Erling Haaland foi o primeiro a ter chance, no quarto minuto, chutando a bola por cima da meta.
Sem a posse, a pressa dos Citizens não era grande em recuperar a bola, empurrando, lentamente, os adversários a um espaço onde pudesse capturar os rivais ou forçar um erro de passe. Aos 13, Haaland quase rouba a bola do goleiro Yann Sommer sobre a linha do gol, tendo mais um lance de perigo, apresentando as credenciais de artilheiro da competição.
O susto fez os germânicos voltar ao status de defensor, fechando os espaços disponíveis para os britânicos trocarem menos passes e levarem menos perigo do que a média de quem os enfrenta. Exemplo disso foi na boa jogada pelo meio concluída sem tanta força, no chute rasteiro de Haaland, após um erro no tempo da jogada.
Com as fases bem definidas, o jogo contou com bons confrontos de ataque e defesa. A dinâmica só estaria sujeita a mudança com um gol: Rodri brindou a todos com uma verdadeira pintura, em finalização de perna esquerda, de fora da área para o ângulo, aos 27 minutos.
Após o tento, ficou claro que o Bayern buscaria a proposta e receberia o contra-ataque como resposta dos mandantes. O saldo apenas não aumentou devido ao milagre de Sommer, aos 33, caído em um rebote de bola aérea, mas com energia suficiente para erguer a perna direita e evitar o gol de Ilkay Gundogan.
O jogo se fez mais físico antes do intervalo, demonstrando a vontade a competitividade pela classificação já nos primeiros instantes. Na etapa complementar, o Bayern tentou aplicar velocidade para surpreender, finalizando já ao primeiro minuto com Leroy Sané, em defesa de Ederson. No terceiro minuto, o mesmo atacante voltou a finalizar com perigo, parando no goleiro brasileiro.
A pressão alemã seguiu por terra e ar, assustando e baixando o volume do Etihad Stadium, contando com uma impressionante resistência. Em seguida, o City saiu da defesa e mostrou que aguardava por uma chance para definir o duelo. A tensão e a energia do jogo clamava pelas substituições, devido ao cansaço de algumas peças importantes.
Aos 24, Dayot Upamecano falhou na saída de bola e o reserva Julián Álvarez roubou a bola, passou para Haaland, que serviu Bernardo Silva, responsável por ampliar o marcador, de cabeça. Aos 36, o próprio argentino quase anotou seu gol, chutando bem de fora da área. Sem reação, cabe ao Bayern agir contra o relógio, mas com uma Allianz Arena a seu favor, no duelo de volta, em uma missão duríssima.
Ficha técnica:
LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA
Quartas de final - Jogo de ida
Manchester City 3 x 0 Bayern de Munique
Etihad Stadium, Manchester, Inglaterra
Manchester City
Ederson; Stones, Akanji, Ruben Dias e Aké; Rodri, de Bruyne (Álvarez), Gundogan, Bernardo Silva e Grealish; Haaland
Técnico: Pep Guardiola
Bayern de Munique
Sommer; Pavard, Upamecano, de Ligt e Davies (Cancelo); Kimmich, Goretzka e Musiala (Mané); Gnabry (Muller), Sané e Coman
Técnico: Thomas Tuchel
Gols: Rodri, aos 27 minutos do 1º tempo, e Bernardo Silva, aos 24 minutos do 2º tempo (Manchester City)
Cartões amarelos: Bernardo Silva (Manchester City); Pavard e Davies (Bayern)
Arbitragem: Jesus Gil Manzano (Espanha)
* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima