Da maior região administrativa do Distrito Federal para um mundo infinito, uma força dos tatames leva o nome da capital federal e do Brasil ao planeta. No auge dos 26 anos, Pietra Menezes é uma realidade do jiu-jitsu, participando do campeonato mundial da modalidade entre os dias 1º e 4 de junho, em Long Beach, na Califórnia, Estados Unidos.
O país, inclusive, já é parte da realidade da lutadora, que vive no país desde novembro do ano passado, após se classificar em um processo seletivo. O currículo dos resultados esportivos justificou a ida: são dois pódios brasileiros, em 2018 e 2019, um título de aberto nos Estados Unidos em 2022, além de outros 24 títulos em caráter regional e nacional no Brasil.
O mais recente feito da ceilandense foi a medalha de prata no torneio Pan de 2022, disputado na Flórida. A sensação após a competição é a mais positiva possível. “Me senti muito bem. Percebi que o jiu jitsu brasiliense tem aumentado o nível e que é muito possível estar entre as melhores do mundo, mesmo com a ascensão das mulheres no esporte”, afirma.
Entretanto, a realidade nem sempre foi favorável até que Pietra chegasse à faixa roxa e ao 11º lugar no ranking da Federação Internacional do Jiu-Jitsu Brasileiro (IBJJF) na categoria meio-pesado. Ela explica os motivos: “Falta de incentivo e as barreiras mentais que muitas vezes acreditamos. Pelo ambiente, à época, ser muito masculino, não se via tantas mulheres praticando ou não havia a crença de que não seria possível mulheres treinar com homens”.
Tais pontos atrasaram em três anos o começo de uma grande carreira, após o primeiro contato com o esporte aos 16. A brasiliense trilha algumas metas dentro do esporte e da vida para crescer no jiu-jitsu. “Meu sonho é me tornar uma referência para mulheres, demonstrando que sutileza, agilidade e técnica. São habilidades capazes de nos proteger e ter superioridade além de aspecto físico e força. Quero me tornar uma grande artista marcial, completa em quedas, guarda e passagem. Almejo ser faixa preta em jiu jitsu e judô. É o meu foco”, declara.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima