Apesar do triunfo por pênaltis pela terceira fase da Copa do Brasil, contra o Remo, na última quarta-feira (26/4), o Corinthians demitiu, em meio à pressão, o técnico Cuca, e age com relativa pressa na substituição do cargo. O motivo é o forte calendário alvinegro entre o fim do mês e o começo de abril, com compromissos importantes.
Sem um treinador no cargo, e pelo curto tempo para acertar as burocracias, o time do Parque São Jorge irá ao Allianz Parque no sábado (29/4), para o Dérbi frente ao Palmeiras com um comando interino, muito provavelmente do ex-efetivo Fernando Lázaro. Na sequência, o time paulista tem confronto importante na Neo Química Arena, pela Libertadores contra os equatorianos do Independiente del Valle.
Em meio aos desafios da conturbada fase corintiana, com a pressão e saída do técnico devido ao chamado Escândalo de Berna, onde seguiram a aparecer mais indícios contra Cuca em um caso de estupro em 1987, os próximos compromissos são fundamentais para a temporada e para o bem-estar futebolístico da equipe. O Correio preparou uma lista de possíveis profissionais no mercado que podem ser, no mínimo, notados pela gestão institucional.
Entre os citados, encontram-se apenas nomes livres no mercado, com capacidade para assumir a equipe devido aos trabalhos recentes, histórico e compatibilidade para iniciar um novo trabalho. O ex-treinador do São Paulo, Rogério Ceni, não foi considerado, por se tratar de um ídolo de um rival direto, que poderia manter instável a situação no time de Itaquera, além de Vanderlei Luxemburgo, nome já descartado pela diretoria, de acordo com o portal ge. Confira, agora, 13 nomes disponíveis para assumir a prancheta do clube:
Tite — Dos profissionais livres, é o maior e mais difícil sonho alvinegro. Após deixar a Seleção Brasileira, o responsável pelos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012 observa o mercado europeu e deixa claro que seu desejo de momento não é retornar ao futebol nacional, por mais que as portas do CT Joaquim Grava estejam sempre abertas.
Marcelo Gallardo — Este é outro que observa o Velho Continente após um excelente trabalho. Apesar disso, “El Muñeco” está há cinco meses sem um emprego e é pouco ventilado na Europa, podendo ser uma excelente via, dependendo das condições econômicas do clube.
Jair Ventura — Finalista da Copa do Brasil de 2018 com o próprio Corinthians, o ex-Goiás vive momentos complicados depois do auge no time paulista, sem conseguir o mesmo desempenho. No momento, pode servir mais como nome de transição do que uma ideia em longo prazo.
Marcelo Bielsa — Treinador de renome, mas há um ano parado desde a boa passagem pelo Leeds United inglês. Com passagem pela seleção argentina, “El Loco” ainda busca um grande feito por um clube de expressão como o alvinegro. Recentemente, esteve perto de assumir o Santos, mas, por termos financeiros, não foi contratado na Vila Belmiro.
Guto Ferreira — Com alguns trabalhos competentes em times de média expressão, o ex-Goiás procura um gigante na carreira onde se firmar, após a simples passagem no Internacional em 2017, quando da volta do time à Série A, sendo descartado logo em seguida. Recentemente, sempre que há crise sucessória nos bancos de reserva, seu nome é citado.
António Oliveira — Se bem ainda não provou o seu máximo valor, como profissional em começo de carreira, o português instigou dois times de elite recentemente: Cuiabá e Coritiba, pela forma curiosa de jogar, semelhante ao “estilo Fernando Diniz”, implantado nos tempos de Athletico-PR.
Vítor Pereira — Apenas em um caso de perdão seria aceito de volta ao Parque São Jorge após sua saída conturbada para o Flamengo, onde também teve passagem difícil, o desempenho de resultados na temporada passada poderia chamá-lo de volta. Disponibilidade, há, assim como a memória que fez do fim de sua passagem pelo clube, uma verdadeira novela.
Zé Ricardo — Está livre desde o começo de abril, após a saída do Shimizu S-Pulse, do Japão, clube pelo qual o treinador trocou o Vasco no começo de um promissor ano na Série B do Brasileirão de 2022. A última versão apresentada faz deste um nome interessante de se testar na elite nacional, apesar de ser um comandante com perfil de transição.
Paulo Baier — Outro nome recente entre os livres, foi responsável pelo acesso do Botafogo de Ribeirão Preto à Série B deste ano, mesmo com sua saída durante o último Paulistão, onde o Pantera caiu nas quartas de final para o Bragantino, desbancando o Santos na fase de grupos. É um nome promissor em seu começo de carreira.
Jorginho — Viveu uma temporada agitada em 2022, com boas campanhas em copas pelo Atlético-GO, mas com a triste contribuição no descenso do Dragão no Brasileirão passado. Logo depois da demissão, assumiu o Vasco nas rodadas finais da Série B e conseguiu o acesso no sufoco. Seu futuro é uma incógnita até que se apresente em seu novo trabalho.
Roger Machado — É um nome de transição e seus passados em Grêmio, Palmeiras e Fluminense mostram isso, preparando o terreno para futuros títulos, como a Libertadores do Imortal em 2017 e o Brasileiro alviverde em 2018, com seus frutos rendendo no atual Tricolor Carioca.
Levir Culpi — Teve uma recente experiência no Cerezo Osaka japonês após uma pausa na carreira. Seu currículo tem como auge a Copa do Brasil pelo Atlético-MG em 2014, mostrando ser um time competitivo, tendo eliminado o Corinthians naquela edição.
Alberto Valentim — Teve passagens medianas em times grandes e em fase de transição ou crise após sua saída como interino do Palmeiras em 2018. Vasco, Botafogo e Athletico-PR tiveram seus serviços e não tiveram paciência suficiente para mantê-lo por mais de 20 jogos, salvo a exceção dos 36 pelo Furacão, onde foi campeão da Sul-Americana de 2021.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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