Sem jogo há 788 dias, desde a vitória do Unaí por 1 x 0 contra o Santa Maria, em 27 de fevereiro de 2021, pela segunda rodada do Candangão daquele ano, o Bezerrão está praticamente pronto para voltar a receber partidas de futebol em julho (assista ao vídeo no fim da matéria), só não se sabe, ainda, de quem. Eliminado precocemente na primeira fase do campeonato local nesta temporada, o time profissional do Gama não alcançou as semifinais e encerrou as atividades em 2023. O próximo compromisso será no ano que vem na abertura da edição de 2024 do torneio doméstico.
A tendência é que o estádio volte a funcionar no Campeonato Candango Sub-20 como residência do time júnior do Gama, mas por enquanto isso é uma hipótese. A competição começará em maio e o gramado só ficará 100%, ou seja, com padrão de excelência, em julho. É mais provável que os times da segunda divisão e/ou do Candangão Feminino utilizem a arena com mais frequência de julho até o fim da temporada.
Proprietário da empresa responsável pela manutenção do piso, David Lins está otimista com o resultado do trabalho de reconstrução do piso do segundo estádio mais moderno do Distrito Federal. "Visualmente, parece que pode jogar amanhã, mas, agora, é a fase de maturação do gramado, que deve demorar por volta de dois meses mais ou menos. Mas se você for olhar o gramado, está bonito já", afirma o empresário em entrevista ao Correio Braziliense.
Segundo o engenheiro agrônomo da Green Gramados, é questão de tempo para o campo ficar em perfeitas condições para partidas de futebol no segundo semestre. Os representantes do Distrito Federal na Série D do Campeonato Brasileiro são Brasiliense e Ceilândia, porém ambos mandam partidas, respectivamente, no Abadião, em Ceilândia, e no Serejão, em Taguatinga.
"O gramado está com poder de enraizamento muito bom. Daqui para a frente, agora, é cor. Mais uns 10 dias e estará verdinha, mas não dá para jogar porque não enraizou 100%", explica David Lins à reportagem. Um freio na euforia dos ansiosos pela volta das partidas no Bezerrão.
A previsão da liberação do gramado havia sido antecipada pelo blog Drible de Corpo em um post publicado em 3 de janeiro. Em 2019, o gramado recebeu investimento milionário da Fifa para a disputa do Mundial Sub-17. O Bezerrão era a principal arena da competição. Recebeu inclusive a decisão do título entre Brasil e México. Em meio à pandemia, o gramado hospedou um hospital de campanha dentro das quatro linhas. Depois da retirada da estrutura, o campo ficou abandonado à espera da reforma.
Com sede em Belo Horizonte, a Green Gramados Esportivos venceu a licitação com uma oferta de R$ 628.996,95, ou seja, bem abaixo dos R$ 882.566,99 estimados pelo edital para a reconstrução do campo. Entre os serviços previstos estavam a reforma dos sistemas de drenagem subsuperficial, implantação do sistema de irrigação e a troca da camada arenosa e top soil (areia e húmus), assim como o plantio de um novo gramado (bermuda Cynodon).
O acordo detalhado no Projeto Básico inclui a conservação por um período de 90 dias após o plantio, incluindo os serviços de adubação, cortes do gramado semanais, controle de pragas, doenças, plantas invasoras e marcações das linhas do campo de jogo.
A empresa não é novata no Distrito Federal. Há cinco anos, executou serviços no Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho. Na vizinha Goiânia, é parceira do Serra Dourada, Estádio Olímpico e da casa do Vila Nova — o Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA). A firma também tem no portfólio obras e manutenção no Mangueirão, em Belém, no CT do Cruzeiro, a Toca da Raposa, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, e comemorou o acesso do Pouso Alegre da Série D para a C do Campeonato Brasileiro na temporada passada.
“Nós fizemos o trabalho no gramado do Pouso Alegre (Estádio do Manduzão). Demos sorte, para nossa alegria, eles acabam de subir para a terceira divisão”, brinca Lins.
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