Willi Egloff, advogado que representou a vítima de estupro na Suíça em episódio envolvendo o técnico Cuca, em 1987, desmentiu as afirmações do treinador do Corinthians e afirmou que a menina, então com 13 anos, reconheceu, sim, o então jogador do Grêmio como um de seus agressores.
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Em declaração ao Uol, Egloff contestou a versão de Cuca, que, segundo ele foi reconhecido pela vítima como um de seus estupradores em caso que aconteceu em um hotel em Berna, na Suíça, e que levou o treinador a ser condenado a 15 anos de prisão pela Justiça do país europeu. O crime prescreveu em 2004 e ele nunca cumpriu a pena.
"A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", disse o advogado.
Em sua primeira entrevista como técnico do Corinthians, Cuca afirmou três vezes que a vítima não teria lhe reconhecido como um de seus agressores. Os outros envolvidos no escândalo sexual foram Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, todos atletas do Grêmio à época.
"O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: Eu não conheço, não vi, não estava. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?", alegou Cuca na semana passada. "Se eu pudesse não estar no quarto, eu não estaria. Mas eu não fiz nada, se é que aconteceu alguma coisa. Qual é a palavra da mulher? Que o Cuca não esteve lá", completou.
O advogado também validou as notícias publicadas pelo jornal Der Bund, de Berna, em 1989. A publicação apontou que o sêmen de Cuca foi encontrado na garota. De acordo com Egloff , o exame foi feito pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna. "É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota", disse ele.
Em depoimentos à época, a vítima narrou ter sido segurada à força pelos quatro jogadores do Grêmio, que permaneceram em cárcere por 30 dias. Fernando foi o primeiro a ser liberado, já que a sua participação no ato não foi comprovada. Em 1989, Cuca acabou condenado a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil.
O julgamento foi feito à revelia, já que ele e os outros gremistas envolvidos no caso já haviam voltado ao Brasil depois de serem liberados ao fim da fase de instrução no processo. O processo está sob sigilo de 110 anos, protegido pela lei de proteção de dados da Suíça.
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