Esta terça-feira (18/4) contou com mais um episódio grave em relação às apostas esportivas. O Ministério Público do Estado de Goiás deflagrou a segunda etapa da Operação Penalidade Máxima, envolvendo jogadores e apostadores em esquemas de fraude nos jogos, com retorno financeiro de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Entre as partidas anunciadas nesta segunda etapa, se encontram jogos do Campeonato Brasileiro de 2022 e de alguns estaduais de 2023.
Ao todo, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva pelo esquema, no anúncio inicial do órgão judicial. A sequência da operação segue os critérios da primeira fase, com casos descobertos na última rodada da Série B do Brasileirão 2022. As cidades de São Paulo, Santos/SP, Santo André/SP, Bragança Paulista/SP, Guarulhos/SP, Presidente Venceslau/SP, Santana do Parnaíba/SP, Taubaté/SP, Rio de Janeiro, Recife, Pelotas/RS, Santa Maria/RS, Erechim/RS, Goianira/GO, Chapecó/SC e Tubarão/SC foram os palcos da operação.
À tarde, membros envolvidos na investigação concederam entrevista coletiva para dar mais destaques sobre o caso, indicando seis jogos da última edição da Série A de 2022. Além dos jogos, foi identificado o meio de apostas pelas quais as fraudes podem ter acontecido, através de cartões recebidos por jogadores suspeitos.
Foram citadas as partidas: Palmeiras 2 x 1 Juventude, Cuiabá 1 x 1 Palmeiras, Botafogo 3 x 0 Santos, Santos 1 x 1 Avaí, Bragantino 1 x 4 América-MG e Goiás 1 x 0 Juventude. O calendário das rodadas finais apresentou a segunda fase da operação como um desdobramento da primeira, pela coincidência com os jogos da rodada final da Série B.
Além deste jogos nacionais, outros cinco duelos em diversos campeonatos estaduais foram apresentados entre as suspeitas em Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul. Estão sob análise os confrontos Goiás 2 x 0 Goiânia, Luverdense 0 x 2 Operário, Guarani 2 x 1 Portuguesa, Caxias 3 x 1 São Luiz e Esportivo 0 x 0 Novo Hamburgo, incluídos no mesmo tipo de fraude.
Apesar do crescimento no número de partidas, a operação pode ter um desdobramento ainda maior, segundo o promotor de justiça do MP goiano, Fernando Cesconetto. "Desde que a investigação se iniciou, foi centralizada em três partidas: agora são 11 no radar, mas não descartando outros jogos que possam ter sido manipulados. Entre os investigados, estão jogadores (apostadores), intermediários, não descartando que essas pessoas também sejam jogadores de futebol", declara. De acordo com o portal ge, quatro atletas são possíveis envolvidos: Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Igor Cariús, do Sport, e Gabriel Tota, do Ypiranga.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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