Em uma copa, a vontade e a persistência são fundamentais para o êxito, independente do sistema de jogo. Baseado nisso, a Inter simplesmente parou o Benfica, sensação da Liga dos Campeões, e venceu por 2 x 0 no Estádio da Luz, em Lisboa, nesta terça-feira (11/4), pelo jogo de ida das quartas de final.
Se no Campeonato Italiano a fórmula aplicada pelos comandados de Simone Inzaghi não é a mais perfeita, esta se aplica bem à Champions. Perseverança e intensidade defensiva foram as chaves do triunfo na capital portuguesa, mesmo frente a um conjunto com mais repertório, mas em noite pouco inspirada.
O jogo
Mais adiantados que de costume, os italianos tentavam quebrar a expectativa benfiquista de propor o jogo nos 90 minutos em sua casa. Os próprios lisboetas não abdicaram de marcar sob pressão, expondo o campo defensivo aos contra-ataques e sem se preocupar em ficar sem a bola.
Em um segundo momento, os lusos passaram a empurrar os visitantes para o próprio terreno, na busca pelo perigo ofensivo e pela finalização. De tão travado, o confronto pouco tinha em finalizações. Apenas aos 14, Rafa Silva chutou a gol, após bola sobrada na área de ataque, exigindo reflexos do goleiro Andre Onana. O time da casa levaria perigo mais uma vez aos 18, em chute cruzado de João Mário pelo lado da meta.
Porém, a Inter, sabendo como esfriar as investidas ofensivas de um adversário, voltou a ter a bola sem assustar os rivais, apesar de procurar nos diversos lados um meio de entrar na área. Aos 24, Francesco Acerbi testou uma pancada de fora da área e quase balançou as redes, no primeiro lance de grande risco à meta encarnada.
Ao desenrolar da primeira parte, a defesa nerazzurra se ajustou às configurações de ataque dos portugueses, tornando o duelo ainda mais travado, mesmo com maior ritmo dos locais. No ataque, mesmo com Edin Dzeko e Lautaro Martínez, a bola aérea era pouco efetiva, apesar de ser o carro-chefe dos visitantes.
Para o segundo tempo, os italianos seguiram a investir na bola pelo alto, chegando ao gol no quinto minuto, após bom cruzamento de Alessandro Bastoni e cabeçada indefensável de Nicolò Barella. A partir de então, a necessidade dos locais em atacar se fez ainda maior. Aos dez, Rafa finalizou dentro da grande área e Denzel Dumfries cortou em cima da linha.
A pressão rechaçada fazia os italianos terem a bola e, com isso, ter condições de levar perigo esporadicamente. Aos 21, Henrikh Mkhitaryan saiu cara a cara com Odysseas Vlachodimos, mas perdeu o gol. A resposta, com risco, veio aos 27, em batida cruzada e forte de Alex Grimaldo, ao lado da meta. Aos 35, viria o duro golpe para os portugueses: o VAR chamou Michael Oliver para analisar um toque de mão de João Mário em cruzamento de Dumfries, resultando em pênalti.
Após longa análise e grandes vaias, Romelu Lukaku saiu do banco de reservas para anotar sua marca e deixar a Inter em grande vantagem em pleno Estádio da Luz. A chateação da torcida encarnada se torna um problema para os homens de Roger Schmidt, com a dura missão de golear em pleno Giuseppe Meazza para seguir na Champions.
Ficha técnica:
LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA
Quartas de final - Jogo de ida
Benfica 0 x 2 Internazionale de Milão
Estádio da Luz, Lisboa, Portugal
Benfica
Vlachodimos; Gilberto, António Silva, Morato e Grimaldo; Florentino Luis (David Neres), Chiquinho, Aursnes, João Mário e Rafa; Gonçalo Ramos
Técnico: Roger Schmidt
Internazionale
Onana; Darmian, Acerbi, Bastoni (de Vrij) e Dumfries (D'Ambrosio); Barella, Brozovic, Mkhitaryan e Dimarco (Gosens); Dzeko (Lukaku) e Martínez (Correa)
Técnico: Simone Inzaghi
Gols: Barella, aos cinco minutos, e Lukaku, aos 37 minutos do 2º tempo (Inter)
Cartões amarelos: António Silva (Benfica); Brozovic e Dzeko (Inter)
Arbitragem: Michael Oliver (Inglaterra)
* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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