A saída do astro Lionel Messi do Paris Saint-Germain ao término de seu contrato em junho agora é "muito mais provável, mas não certa", admitiu uma fonte próxima ao clube à AFP nesta terça-feira, sugerindo uma mudança na política do time parisiense.
"A dinâmica mudou completamente no PSG, que pressiona menos para renovar seu contrato e a atitude dos torcedores mudou completamente a situação", acrescentou esta fonte.
Nas duas últimas partidas da Ligue 1 do time parisiense no Parque dos Príncipes, logo após a dolorosa eliminação nas oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique, parte da torcida do PSG vaiou a cada vez que o nome de Messi era anunciado na escalação pelo alto-falante.
Esses dois jogos também resultaram em duas derrotas para o PSG (contra Rennes e Lyon) e Messi, que faz 36 anos em junho, deu poucas mostras de sua genialidade e em alguns momentos jogou andando.
A atitude dos torcedores parisienses, que consideram Messi um dos principais responsáveis pelo novo fiasco europeu, contrasta com sua volta triunfante da Copa do Mundo do Catar, onde ergueu o troféu pelo qual lutou durante toda sua carreira (venceu nos pênaltis a França de Mbappé, a outra grande estrela do PSG). Tudo levava a crer que o contrato de Messi seria renovado.
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- Menos ostentação -
A verdade também é que desde que aterrissou em Paris em 2021 e salvo em alguns momentos pontuais, o Messi que durante anos encantou a todos em Barcelona não foi visto no PSG.
E, sobretudo, o craque chegou ao PSG com o objetivo de levar o ambicioso clube parisiense ao tão almejado título da Liga dos Campeões, mas as duas temporadas terminaram com eliminações nas oitavas de final.
Como aconteceu com vários de seus companheiros, o argentino não se destacou no confronto das oitavas de final da Liga dos Campeões, perdida há um mês para o Bayern de Munique (1-0 e 2-0).
Os proprietários cataris do PSG estão bem cientes das vantagens de ter o sete vezes vencedor da Bola de Ouro sob contrato. Ao chegar à capital francesa, onde foi recebido como um imperador, ajudou a dar visibilidade à Ligue 1, aumentar o número de patrocinadores e fazer o PSG ser falado em todo o mundo.
Mas o panorama mudou e o PSG está disposto a modificar sua política esportiva, em torno de uma única grande estrela, Kylian Mbappé, um projeto menos ostensivo e mais cuidadoso com as categorias de base da região parisiense, segundo "produtor" mundial de jogadores profissionais depois de São Paulo.
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- Barça sonha com um retorno -
As negociações para a renovação do seu contrato, válido até 2024, devem ocupar o verão parisiense, assim como a situação do treinador Christophe Galtier e do conselheiro Luis Campos, também apontado como "responsável" pela derrocada europeia.
Com ou sem eles, o PSG "quer realizar uma transformação cultural completa", explica uma fonte próxima à direção do clube.
"Deixar o Messi sair seria a continuação dessa mudança cultural, mas os torcedores terão que se adaptar, porque não dá para ter as duas coisas. Se você optar pela juventude, significa que os resultados não serão automáticos. Será preciso um pouco de paciência", explica essa fonte.
O futuro de Messi, porém, não está definido e as negociações continuam. Mas o L'Equipe traz como manchete "Em processo de divórcio" e para a rádio RMC, o argentino "não será parisiense na próxima temporada, a menos que Doha mude o rumo".
Em caso de saída, as possibilidades mais reais para Messi seriam um retorno ao Barcelona, sonho do clube catalão, ou ir para o rico campeonato saudita, onde joga seu grande rival Cristiano Ronaldo, ou para a americana MLS, onde o Inter de Miami foi o clube que mais mostrou interesse.
Na última sexta-feira, um dirigente do Barça, Rafael Yuste, admitiu que "há contatos com Messi", embora tenha garantido que não há planos por enquanto de trazer o argentino de volta.
O que parece é que Messi está cada vez mais longe de Paris...
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