O encontro entre os dois times mais populares do Rio de Janeiro está se acostumando com as comemorações em tom castelhano devido ao protagonismo de dois uruguaios. O Clássico dos Milhões, entre Vasco e Flamengo, também é o duelo particular entre o lateral-direito cruzmaltino Pumita Rodríguez e o meia rubro-negro Giorgian De Arrascaeta. Peças fundamentais nos encontros anteriores, os dois buscam, hoje, às 18h, no Estádio Maracanã, ser catalisador das alegrias no último ato do confronto em busca da final do Campeonato Carioca.
Os uruguaios não são muitos no Clássico dos Milhões, porém, compensam a falta de contingente com a qualidade. As duas últimas partidas entre Vasco e Flamengo mostram isso. No compromisso pela 10ª rodada da Taça Guanabara, o jejum cruzmaltino de vitórias contra o arquirrival foi encerado graças a Pumita Rodríguez. O defensor, que custou R$ 10 milhões aos cofres de São Januário, deu rápida resposta ao investimento ao compreender rapidamente o conceito de jogo do técnico Maurício Barbieri e marcar o único gol da primeira partida contra o time da Gávea.
Hoje, Pumita é um dos homens de confiança de Maurício Barbieri, conhecedor do Flamengo. O uruguaio é um lateral-direito de ofício, mas que costuma tirar onda de ponta e infiltrar na defesa adversário. O fator surpresa, inclusive, pode desequilibrar a partida contra um Flamengo que parece bater cabeça na retaguarda nas últimas partidas: são seis gols sofridos nos três jogos anteriores.
"No clássico, foi muito emocionante como a torcida incentivava, cantava e pulava. Dava para sentir isso em campo. É algo que me emociona muito. Se me perguntassem antes, não imaginava ganhar de 1 x 0 com um belíssimo gol meu, com os torcedores gritando meu nome. Ter vivido isso foi incrível. Minha família estava lá, então fiquei muito contente e emocionado", relembrou Pumita ao portal ge.globo.
Apesar do otimismo e bom momento individual, Pumita Rodríguez e companhia têm o enorme desafio de reverter a desvantagem do 3 x 2 no primeiro duelo. Para avançar à final do Campeonato Carioca, o Vasco precisa vencer. Qualquer triunfo garante a equipe na decisão, enquanto o empate favorece ao rival. Para os supersticiosos, na última vez que passou pelo Flamengo na semi, o cruzmaltino foi campeão. Após o empate sem gols na abertura do confronto em 2015, o time de São Januário comemorou o 1 x 0, com Gilberto, e avançou para faturar o troféu contra o Botafogo.
Mesmo com o resultado construído na semana passada, o Flamengo convive com incertezas. Além de a vaga estar em aberto, o técnico Vítor Pereira não sabe se terá o maestro De Arrascaeta à disposição para o confronto derradeiro. O articulador das jogadas rubro-negras deixou o treinamento de ontem no Ninho do Urubu após queixas de dores púbis. Passou por exames, mas segue como indefinição para o time titular. Essa não é a primeira vez que o camisa 14 sofre com problemas na região. No ano passado, comunicou os incômodos e recebeu atenção especial para estar em campo nas finais da Copa do Brasil, Libertadores e na fase de grupos da Copa do Mundo.
Embora não esteja no melhor momento, Arrascaeta segue como peça fundamental na prancheta flamenguista. No jogo de ida contra o Vasco, marcou o golaço de fora da área que abriu caminho para virada e, de quebra, serviu o zagueiro Fabrício Bruno com assistência para o gol que decretou a vitória rubro-negra sobre o Vasco. Graças ao regente do meio de campo, um empate basta para seguir com o sonho de título.
Sem saber se terá Arrascaeta, Vítor Pereira pode contar com o reforço de outro uruguaio. Recuperado de lesão no púbis, o lateral-direito Guillermo Varela é opção. Ontem, ele treinou normalmente e aliviou as preocupações do técnico português no setor. Sem o lesionado Matheuzinho e, eventualmente, Varela, VP seria forçado a improvisar no setor. O atacante Everton Cebolinha era um dos cotados para assumir a função.
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