Jornal Correio Braziliense

Fórmula 1

GP da Arábia Saudita é a primeira corrida de rua da Fórmula 1 em 2023

O traçado de Jedá abre o calendário com essas características, sob expectativa de maior equilíbrio na competitividade em relação ao Bahrein

O primeiro circuito de rua da temporada de 2023 da Fórmula 1 acontecerá neste fim de semana, pelo Grande Prêmio da Arábia Saudita, entre sexta-feira (17/3) e domingo (19/3). A segunda etapa do campeonato fecha a dobradinha inicial do certame, após a estreia do novo ano, no Bahrein. As etapas urbanas seguintes serão no Azerbaijão, em Mônaco e em Cingapura, além dos GP’s estadunidenses em Miami e Las Vegas.

A terceira edição histórica no país do Oriente Médio é carregada de expectativas em relação à melhora no nível geral. O domínio da Red Bull em Sakhir se mostrou um fator preocupante em meio a uma queda abrupta nas equipes de ponta, costumeiras rivais dos austríacos: a Mercedes segue com um conjunto pobre em aerodinâmica e distribuição de peso, enquanto a Ferrari sofreu com a confiabilidade dos motores.

Inclusive, por este motivo, o principal piloto da escuderia italiana, Charles Leclerc, volta a sofrer uma punição enquanto ao grid de largada. O monegasco terá de trocar, pela terceira vez, a unidade de controle eletrônico, o que o fará perder 10 posições em relação à posição conquistada na classificação. Portanto, o sábado (18/3) será fundamental para a estratégia do time de Maranello.

Apesar de obter um traçado com curto espaço para ultrapassagens, com curvas fechadas, as longas retas vão exigir cada vez mais dos carros mais curtos, sobretudo na potência e no equilíbrio aerodinâmico. O ritmo dos tempos de volta precisará ser desmascarado após a discrepância entre a qualificação e a corrida, vistas no Bahrein.

Mesmo com as duas semanas de preparação entre a primeira etapa e a segunda, os carros terão terreno para apresentar as melhoras após a “queda de paraquedas” na realidade dos novos modelos. Com isso, a Aston Martin segue como principal ameaça à Red Bull, tendo de comprovar a surpresa com um Lance Stroll saudável no momento e após o grande pódio conquistado por Fernando Alonso.

Por outro lado, isto se torna uma preocupação para a McLaren. Claramente, o conjunto não permitiu qualquer proveito inicial nem do seu piloto estreante, Oscar Piastri, como de seu primeiro carro, com Lando Norris. A necessidade de resposta dirá se a equipe de Woking deixa a parte intermediária do grid para andar no fundo mais uma vez, relembrando os tempos sombrios em 2015, apesar da boa dupla entre Alonso e Jenson Button.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima